ENGENHO
A tecnologia, a ferramenta que alongou meu braço
libertou a minha mente na mais natural ontologia:
se a máquina é meu corpo, uma e outro não me são.
Agora que um artifício novo me alonga o cérebro,
me traz memória e sentidos mais completos e dispersos,
tudo isso junto poderá também de mim ser separado?
E que eu serei este, que começa nessa hora a se alongar
(como se usasse uma droga imune às nossas impurezas)
para fora da prisão do mundo e rumo à pura consciência?
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