Redação GPS O vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), deputado Ricardo Vale (PT), saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem sido alvo de críticas dos opositores pelos três primeiros meses de governo, principalmente por causa da área econômica.
“Em três meses de governo, é muito difícil você arrumar a casa da forma como nós a pegamos. A economia já vinha em frangalhos. Vários setores da nossa sociedade não vinham funcionando. Então, tem que dar tempo ao tempo. Quem está chiando é a oposição, que não queria a vitória de Lula“, declarou.
Durante entrevista exclusiva ao GPS, o distrital também afirmou que, a depender da avaliação do governo petista na área federal, o Partido dos Trabalhadores teria chance de voltar ao Governo do Distrito Federal nas próximas eleições, apesar da rejeição ao mandato de Agnelo Queiroz no comando do Palácio do Buriti, entre 2011 e 2015. “Foi um bom governo“, avaliou.
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8 de janeiro
Ricardo Vale, que retornou para a Casa após um mandato distante, defendeu a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ter afastado o governador Ibaneis Rocha (MDB), embora reconheça como positivo o retorno do emedebista ao Buriti antes dos 90 dias estabelecidos inicialmente.
“Foram muitos graves aqueles atos do dia 8, uma situação muito triste, né? A gente vê todo o patrimônio nosso, do povo brasileiro, sendo depredado e foi uma medida correta para entender o que que aconteceu ali. No mínimo, o governador vacilou. Ele tem dito que confiou nos seus assessores, ali no seu secretariado, e o pessoal deixou a desejar. Então, diante de todo aquele caos, daquela tentativa de golpe, eu acho que a medida do ministro Moraes foi correta. Agora, no decorrer das investigações, me parece que foi perdendo força a acusação em cima do governador. Por isso, também achei correto ele [Moraes] antecipar o retorno de Ibaneis“, disse.
Na conversa, Ricardo Vale elogiou a união dos deputados distritais para aprovar a instalação da CPI do 8 de janeiro e fez críticas, tanto à possível privatização do Metrô-DF, que está em tramitação, quanto à atual gestão da Saúde Pública da capital federal.
“Eu estive no Hospital de Base, visitando aquelas instalações, visitei a cozinha e passei mal. Entrei no banheiro e acho que nem o da rodoviária, anos atrás, era assim. Portanto, o modelo de gestão não está funcionando“, disse.
