O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta terça-feira (15), que divulgou os relatórios que questionam a lisura das urnas eletrônicas contra sua vontade. O PL contratou um estudo do IVL (Instituto Voto Legal), que falava sobre supostas falhas nas urnas, que justificariam a anulação de parte dos votos.
“Pressionado pelos deputados, que vazou essa informação que teria dúvida nas urnas, isso foi, inclusive, contra a minha vontade, mas como tinha uma pressão muito grande dos deputados para que a gente deixasse público aquilo e que recorresse ao TSE, foi feito esse movimento”, disse Costa Neto em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Valdemar depôs como testemunha de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, dono do IVL e réu no inquérito que investiga o planejamento de um suposto golpe de Estado em 2022. O STF vai ouvir, até quinta-feira da próxima semana (23), as testemunhas da Procuradoria-Geral da República (PGR) e das defesas dos réus dos núcleos 2,3 e 4 da ação penal.
Pela divulgação do relatório, o PL foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pagar uma multa de mais de 20 milhões por litigância de má-fé. “Levamos uma multa de R$ 23 milhões por causa deste questionamento, foi um prejuízo enorme para o partido”, afirmou Valdemar.