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Uso de máscaras e consumo de água: ministério dá dicas para driblar fumaça em Brasília

O Brasil, especialmente Brasília, enfrenta o segundo dia consecutivo de forte nevoeiro tóxico, causado pela fumaça proveniente de incêndios nas regiões Norte e Sudeste. A crise climática deve durar até a próxima quarta-feira (28), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMet).

Para reduzir os problemas respiratórios comuns causados pelo evento climático, o Ministério da Saúde emitiu, nesta terça-feira (26), um alerta e recomendou que a população evite, ao máximo, a exposição ao ar livre e que suspenda a prática de atividades físicas. O uso de máscaras faciais e bandanas também pode ser uma forma de proteção das vias aéreas durante o período mais crítico.

Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares destacou a vulnerabilidade de certos grupos populacionais, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

“Essas populações reagem de forma mais rápida e intensa à contaminação por fumaça”, alertou.

Para aqueles que precisam circular em ambientes externos, a diretora enfatizou a importância de utilizar algum tipo de proteção, como máscaras que possam filtrar as partículas finas do ar.

Os sintomas mais comuns da exposição à fumaça incluem ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe. Em casos mais graves, pode haver chiado característico da bronquite, sinalizando que os pulmões podem ter sido afetados, além de tosses não habituais.

Além das doenças respiratórias, a exposição prolongada à fumaça também pode agravar problemas cardíacos e aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), conforme explicou Soares.

“Se o episódio [de dispersão da fumaça] dura de três a quatro dias, pode ser mais sério para a população”, ressaltou.

Sobre a continuidade das aulas nas regiões afetadas, Soares mencionou que não há uma regulamentação específica, mas recomendou que as autoridades municipais considerem o risco elevado para a saúde respiratória dos estudantes, especialmente em casos de exposição prolongada à fumaça. Ela ainda destacou que a baixa umidade do ar, comum nesta época do ano, agrava o desconforto geral e o desempenho dos alunos.

Apesar de não haver um monitoramento em tempo real dos casos de doenças respiratórias associadas à exposição à fumaça, já foram relatados aumentos no atendimento nas unidades de pronto atendimento (UPAs), especialmente nas alas pediátricas.

“Não é hora de brincar, de andar de bicicleta, de pular corda. Para os idosos, a mesma questão: não é o momento de sair pra fazer atividades que não sejam estritamente necessárias. Se precisar sair, use proteção, como máscaras e bandanas, para reduzir o contato com partículas nas vias respiratórias.”

 

Redação GPS

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