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URGENTE: Joe Biden desiste da candidatura à reeleição nos Estados Unidos

Depois de muita pressão para abandonar a corrida eleitoral, Joe Biden anunciou a desistência à reeleição por meio de sua conta no X (antigo Twitter). Ainda no comunicado, o atual presidente dos Estados Unidos, que iria disputar o cargo com o republicano Donald Trump, afirmou que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025.

No comunicado, Biden declarou que deve se pronunciar sobre sua decisão, com mais detalhes, ao longo da semana. “Eu falarei com a nação, mais tarde, ao longo desta semana, com mais detalhes sobre a minha decisão”, escreveu na carta. “Essa foi a maior honra da minha vida ser presidente (dos Estados Unidos)”, enfatizou na carta.

O então pré-candidato a reeleição destacou que era sua intenção se manter na corrida presidencial pela Casa Branca, mas que sua decisão leva em consideração o melhor para seu partido e para o país. “Nos últimos três anos e meio, nós fizemos um grande avanço na nossa nação”, começou dizendo o presidente. “Hoje, os Estados Unidos têm a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos em reconstruir a nossa nação”, enfatizou.

No seu pronunciamento, Biden agradeceu o apoio popular que recebeu, relembrando as dificuldades enfrentadas pelo país durante a pandemia de Covid-19, em 2020, e também o momento de pressões econômicas que o representante democrata chamou de “grande depressão econômica”. Ainda na carta, Biden aproveitou para declarar sua gratidão a sua companheira na chefia da Casa Branca. “Eu gostaria de agradecer a vice-presidente Kamala Harris por ter sido uma parceira extraordinária em todo esse trabalho”, acrescentou.

 

Campanha em crise

O desempenho desastroso de Biden no debate no mês passado, as suas aparições públicas e as suas dificuldades nas pesquisas alimentaram profundas preocupações entre os apoiadores do presidente. Quase dois terços dos democratas queriam que ele desistisse da disputa, de acordo com uma pesquisa divulgada no dia 17 de julho pela Associated Press e pela NORC, uma instituição de pesquisa independente da Universidade de Chicago

Embora a idade avançada do candidato tenha aparecido como um fator de preocupação entre os eleitores desde as primeiras pesquisas eleitorais, dúvidas sobre sua capacidade de governar explodiram após o primeiro debate contra Trump em 27 de junho, quando Biden confundiu palavras, deixou respostas incompletas e pareceu confuso em diversos momentos. Outros episódios em sequência, como Biden chamando Volodmir Zelenski de Vladimir Putin e dizendo que Trump era seu vice-presidente, aprofundaram tal tensão.

Por semanas, Biden insistiu que não estava recuando e se mostrou inflexível, afirmando que era candidato que derrotou Trump antes e que faria isso novamente. Em entrevistas para a imprensa americana, o democrata chegou a afirmar que só desistiria se surgisse algum problema médico ou pesquisas indicassem que não haveria chances de ele vencer.

Mas em paralelo à aparente confiança pública do então candidato sobre, Biden teve a candidatura questionada dentro e fora do partido, sendo pressionado por doadores, ativistas e aliados para deixar a corrida. Figuras como a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, o senador Chuck Schumer e o deputado Hakeem Jeffries, os dois principais democratas no Congresso, manifestaram preocupações em reuniões privadas com Biden sobre ele seguir na disputa e o impacto que teria para os candidatos à Câmara e ao Senado se ele permanecesse como o candidato.

Com sua campanha atolada em crise, Biden testou positivo para covid-19. Isso afastou o presidente, no momento em que a sua campanha esperava intensificar as suas aparições públicas em uma tentativa de mostrar que Biden está disposto a permanecer na corrida presidencial.

 

Veja a íntegra do comunicado:

Meus companheiros americanos,

Nos últimos três anos e meio, fizemos grandes progressos como Nação.

Hoje, a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos na reconstrução da nossa nação, na redução dos custos dos medicamentos prescritos para os idosos e na expansão dos cuidados de saúde acessíveis a um número recorde de americanos. Fornecemos cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas. Aprovou a primeira lei de segurança de armas em 30 anos. Nomeada a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E aprovou a legislação climática mais significativa da história do mundo. A América nunca esteve melhor posicionada para liderar do que estamos hoje.

Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, povo americano. Juntos, superámos uma pandemia que ocorre uma vez num século e a pior crise económica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos a nossa democracia. E revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo.

Falarei à Nação ainda esta semana com mais detalhes sobre minha decisão.

Por enquanto, deixe-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho. E deixe-me expressar o meu sincero agradecimento ao povo americano pela fé e confiança que depositou em mim.

Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer – quando fazemos isso juntos. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América.

 

*Com informações do Estadão Conteúdo

Redação GPS

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