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Universo RPG: histórias que unem diferentes pessoas

Do adolescente tímido ao servidor público adulto, as partidas de RPG encantam e aproximam os mais diversos tipos de perfis
Foto: Freepik

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Há alguns dias, contamos um pouco sobre o universo dos jogos de RPG, que podem ser uma ótima opção para crianças, adolescentes e adultos exercitarem a imaginação e a criatividade durante esse período de férias.

E diferentemente do que se pode pensar, não são apenas os ‘nerds’, adolescentes e pessoas mais jovens que se encantam pelo universo. Muitos dos jogadores até tem seu primeiro contato com o RPG durante essa fase, mas mesmo depois de adultos, formados, com trabalho e família para cuidar, eles ainda conseguem arrumar um tempo para se divertir e encontrar os amigos para jogar.

Um deles é o contador Cássio Reis. Ele conta que sempre teve uma personalidade criativa, e que conheceu o RPG por volta dos seus onze anos de idade, através de jogos clássicos de videogame como Final Fantasy e The Legend of Zelda. O RPG de mesa surgiu pouco depois na sua vida por meio de um amigo, e desde então, são mais de 24 anos mestrando campanhas:

“Eu sempre fui tímido, e o RPG me ajudou a ter mais desenvoltura e me soltar. Além de ser divertido, o jogo me ajudou a exercitar minha criatividade, escrever melhor, e também aprendi muito de História e inglês, pois jogava com o dicionário ao lado para poder compreender tudo o que os personagens falavam”, diz o contador.

Cássio também diz que gosta de fazer pequenos testes na hora de montar os grupos que jogarão as partidas: “Gosto de testar pessoas que podem se dar bem juntas, mesmo que venham de ciclos de amizade diferentes, pois o mais importante é a experiência de contar e compartilhar histórias em conjunto”, conclui o contador.

Anna Pinheiro é gerente financeira e conheceu o RPG já adulta, por meio de um casal de amigos que estavam habituados a jogar com muitas pessoas. Ela se apaixonou pelo jogo e chegou a convidar uma prima e a afilhada para que se juntassem a ela.

O grupo em que Anna jogava chegou a ter dez pessoas, que se reuniam pontualmente todos os sábados para confraternizar. Ela teve de deixar o jogo porque o casal de amigos se mudou para os Estados Unidos, mas ela segue tentando reunir o pessoal para retomar os velhos tempos de jogo:

“É incrível o quanto o RPG pode ser inclusivo, independentemente da idade da pessoa ou do estilo do jogo, sempre tem algo que ajuda a estimular a criatividade. Seja em uma batalha tensa, onde as emoções estão muito afloradas, ou em um momento de diversão, como as interações com outros personagens. Eu acho que todos deveriam dar uma oportunidade ao jogo”, finaliza.