Redação GPS Com uma das maiores bancadas na Câmara dos Deputados, o partido União Brasil expressou o desejo de reavaliar suas indicações para os cargos do primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi do ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que confirmou a intenção da sigla durante declaração à imprensa.
Antes, Lula se encontrou com um grupo de ministros responsáveis pela coordenação política do governo, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secom), além do próprio Padilha e líderes do governo no Congresso Nacional.
O União Brasil indicou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (foto em destaque), que está de saída da legenda devido a divergências internas. Além disso, o partido indicou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, próximo ao senador Davi Alcolumbre (União-AP), e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que veio da base do partido na Câmara.
Padilha comparou o governo a um rally, mencionando que às vezes é necessário trocar o motorista ou um pneu, mas o importante é estar no caminho certo. Ele não estabeleceu uma data para eventuais mudanças na equipe ministerial, destacando que as decisões sobre essas mudanças são de responsabilidade do presidente.
Após as declarações de Padilha, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Jacques Wagner (PT-BA), confirmou que o foco de uma possível mudança é no cargo da ministra do Turismo e descartou chamar isso de reforma ministerial. Ele enfatizou que não há discussões sobre uma reforma ministerial no momento, mas sim uma divergência interna dentro do partido da base.
“Não há uma discussão de reforma ministerial nesse momento. As pessoas estão tomando as coisas erradamente. O que há, vou chamar, é uma divergência interna de um partido da base, e não na base, que é o fato de que a pessoa que representa o União Brasil numa determinada pasta, todo mundo sabe qual é [Ministério do Turismo], está num momento de se retirar do partido”, ponderou. Em seguida, ele disse não ver possibilidade de mudanças além desses dois ministérios com pouco mais de seis meses de governo.
Reunião
Na próxima quinta-feira (22), Lula realizará uma reunião ministerial para obter um relato detalhado sobre o andamento das ações em cada pasta e preparar os próximos meses. O presidente também tem uma agenda de viagens, incluindo visita a Paris, na França, onde participará de um evento sobre meio ambiente e mudança climática promovido pelo presidente Emmanuel Macron. Ele também planeja se encontrar com o Papa Francisco, no Vaticano.
No âmbito local, Lula tem previsto uma viagem a Rio Verde, em Goiás, para a inauguração de um trecho da Ferrovia Norte-Sul, seguida pela inauguração do anel viário na cidade vizinha de Jataí, importantes locais no setor do agronegócio no estado.
No sábado (17), está programada uma visita do presidente a Belém (PA), onde ele fará entregas de moradias populares e discutirá a organização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será sediada na cidade em 2025.
Com agências
