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Unhas fracas, quebradiças ou amareladas? Saiba possíveis causas e como tratar

Especialistas dão dicas de como cuidar das unhas e mantê-las saudáveis, além de alertarem para compostos tóxicos

As unhas, muitas vezes vistas apenas como um detalhe estético, podem revelar sinais importantes de desequilíbrios no organismo. Além disso, práticas comuns como uso frequente de esmaltes, alongamentos e remoção das cutículas sem os devidos cuidados podem causar danos que vão desde infecções até doenças mais sérias.

Unhas amareladas

Um dos problemas mais comuns são as unhas amareladas – quadro que pode surgir de diferentes causas, desde o uso constante de esmaltes escuros até questões de saúde mais complexas. Embora a mudança de cor geralmente não seja um sinal de um problema grave, a condição merece atenção.

De acordo com a especialista Marina Groke, o amarelamento das unhas pode ocorrer por diversas razões. “O uso frequente de esmaltes escuros, sem proteção adequada, é uma das principais causas. Além disso, infecções fúngicas também são responsáveis por essa alteração, afetando a saúde das unhas e da pele ao redor”, esclarece.

Ela explica, também, que a exposição contínua à nicotina pode levar à mudança de coloração, assim como a deficiência da vitamina biotina – conhecida como vitamina B7 -, o que contribui para o enfraquecimento e a descoloração das unhas.

A boa notícia é que há solução para esse problema. Nos casos mais graves ou persistentes, é recomendável consultar um dermatologista ou podólogo, que podem ajudar a diagnosticar a causa exata do problema e orientar sobre um tratamento adequado.

O primeiro passo para tratar o amarelamento das unhas é identificar qual a causa principal. Se a alteração for decorrente do uso excessivo de esmaltes escuros, a recomendação é dar um tempo para as unhas respirarem e permitir que a cor natural retorne aos poucos. “Nesse caso, o uso de esmaltes transparentes ou de base ajuda a proteger as unhas da pigmentação excessiva”, afirma Marina.

Porém, quando o amarelamento está relacionado a infecções fúngicas, é importante adotar tratamentos específicos. Produtos formulados com óleo de melaleuca, por exemplo, são altamente recomendados, pois o ingrediente possui propriedades antibacterianas e antifúngicas que ajudam a combater a proliferação de microrganismos na região das unhas.

Para prevenir a mudança de coloração das unhas, a especialista recomenda alguns cuidados simples, como o uso de uma base protetora antes da aplicação do esmalte. “Isso cria uma camada de proteção entre as unhas e o pigmento do esmalte, o que evita manchas indesejadas”, reforça.

Além disso, manter uma alimentação equilibrada também é fundamental para a saúde das unhas. A biotina, encontrada em alimentos como ovos, abacate e nozes, é essencial para o fortalecimento e para evitar que elas se tornem amareladas. Marina sugere, ainda, o uso de suplementos, caso haja deficiência dessa vitamina no organismo, sempre com acompanhamento profissional.

Unhas fracas, quebradiças ou amareladas? Saiba possíveis causas e como tratar

Unhas quebradiças e fracas

A fragilidade das unhas não está relacionada apenas à alimentação ou à exposição excessiva à água e a produtos de limpeza. Em muitos casos, o uso contínuo de esmaltes com formulações agressivas é o principal responsável pelo ressecamento, descamação e até inflamações na área periungueal.

Compostos químicos usados para garantir brilho, durabilidade ou secagem rápida podem afetar diretamente a saúde da lâmina ungueal e da cutícula”, explica a bióloga Julinha Lazaretti, especializada no desenvolvimento de cosméticos hipoalergênicos. Para ela, alguns desses ingredientes têm ação irritante, o que pode desencadear reações principalmente em peles mais sensíveis.

Por isso, é essencial entender a composição dos cosméticos aplicados sobre as unhas, esclarece a profissional. Abaixo, confira alguns componentes que devem ser evitados na composição do produto, para prevenir a região de danos a longo prazo:

  • Dibutilftalato (DBP)

Presente em esmaltes tradicionais como plastificante, o dibutilftalato tem como função aumentar a flexibilidade do filme formado sobre as unhas. No entanto, esse composto também interfere na integridade da lâmina ungueal.

Quando absorvido pela pele, favorece reações de hipersensibilidade e irritações, como vermelhidão e descamação, principalmente em indivíduos com predisposição a dermatites. O uso prolongado também enfraquece a estrutura da unha e compromete seu crescimento saudável.

  • Tolueno

Comum na formulação de esmaltes convencionais, o tolueno age como solvente, o que contribui para uma aplicação uniforme. Apesar de sua eficácia técnica, pode causar ressecamento da pele ao redor das unhas e comprometer a hidratação natural da matriz ungueal.

Mesmo em concentrações permitidas, o tolueno representa um risco para a saúde cutânea, sendo contraindicado para pessoas com pele sensível ou histórico alérgico”, alerta Lazaretti.

  • Formaldeído

O formaldeído é frequentemente utilizado como endurecedor nas fórmulas de esmaltes, o que promove maior durabilidade. No entanto, seu uso tem sido cada vez mais evitado devido à sua ação sensibilizante. O contato frequente com o componente pode gerar inflamação, descamação e coceira, sendo especialmente prejudicial para quem possui unhas frágeis.

  • Cânfora

Utilizada para melhorar a consistência dos esmaltes e evitar rachaduras na película após a secagem, a cânfora também está relacionada a efeitos colaterais. Quando aplicada sobre unhas sensíveis, desencadeia reações alérgicas, como ardência e irritação. Julinha reforça que “mesmo ingredientes aparentemente inofensivos precisam ser avaliados com critério, pois o contato repetido contribui para o desgaste e afinamento das unhas”.

  • Bisfenol A (BPA)

O bisfenol A é um composto derivado do petróleo, amplamente utilizado na indústria plástica e em cosméticos. Sua presença nos esmaltes tem como finalidade reforçar a aderência da fórmula.

No entanto, estudos associam o BPA a efeitos endocrinológicos, além de seu potencial alergênico. Ao ser absorvido pela pele, altera o equilíbrio da barreira cutânea e pode interferir nos processos de regeneração da unha, contribuindo para sua fragilidade progressiva.

  • Xileno

O xileno é um solvente amplamente utilizado em produtos cosméticos, incluindo esmaltes, por sua capacidade de melhorar a consistência e facilitar a aplicação.

No entanto, seu contato contínuo com a pele e com as unhas pode resultar em sensibilização cutânea, ressecamento intenso e inflamações ao redor da cutícula. Por penetrar com facilidade nas camadas superficiais da pele, o xileno interfere na integridade da lâmina ungueal e compromete a regeneração natural das unhas.

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Edição 42

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