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‘Um Homem por Inteiro’: dramas, politicagem e uma dívida gigantesca

‘Um Homem por Inteiro’, novidade da Netflix, é a nova aposta da plataforma no nicho de histórias sobre engravatados americanos. Na minissérie, Jeff Daniels vive Charlie Croker, um magnata do mercado imobiliário de Atlanta que está prestes a falir e perder todo seu império.

A produção, que está entre as mais vistas da plataforma de streaming no Brasil, é uma adaptação do livro homônimo de Tom Wolfe, publicado em 1998. Wolfe, além de romancista, foi um dos expoentes do New Journalism (ou jornalismo literário, que tomou corpo na imprensa americana a partir dos anos 1980). O autor demorou mais de uma década para escrever o livro.

 

Dívida

Na trama, Charlie Croker, que acaba de fazer 60 anos com uma celebração pomposa, é assombrado por uma dívida de 800 milhões de dólares, que ameaça seu status na alta sociedade tradicional. Acompanhamos, então, até que ponto ele chega para defender seus negócios enquanto lida com interesses políticos e comerciais que se beneficiariam de sua derrota.

São seis episódios, que tentam atualizar a narrativa satirizante de Wolfe, passando por temas como poder, dinheiro, ostentação, politicagem, racismo e masculinidade. Em paralelo, há tramas secundárias: uma delas retrata um caso de violência policial com um negro; outra envolve uma denúncia de assédio sexual.

Além de Daniels, nomes de peso como Lucy Liu, Diane Lane, William Jackson, Tom Pelphrey e Sarah Jones estão no elenco. A série é de David E. Kelley, criador de Big Little Lies, da HBO.

 

Impressões

A opinião dominante na crítica especializada é que, apesar de Daniels ser o ouro da série, a adaptação não corresponde à grandiosidade da obra de Wolfe. Soa superficial.

Apesar de passar essa impressão, a história de Um Homem por Inteiro não foi inspirada em nenhuma figura da vida real. Mas reúne características de empresários renomados da região, traduzindo um perfil genérico desse tipo de homem de negócios.

Charlie Croker tem um passado no futebol universitário, na renomada Georgia Tech, e negócios no ramo de caça de codornas, aspectos inspirados em pessoas reais – como os empresários Taz Anderson e Charles Loudermilk. O arquiteto John Portman é outro que pode ter ajudado na criação do personagem, visto que teve problemas com dívidas em sua carreira em Atlanta. Em busca de autenticidade, a série ainda adota, como cenários, escritórios e instituições reais: a universidade Georgia Tech e alguns prédios do governo estadual.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Estadão Conteúdo

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