O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves (foto em destaque), determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o então candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto, apresentem comprovações dos gastos realizados nas comemorações do Bicentenário da Independência em Brasília e no Rio de Janeiro. As informações são de Manoela Alcântara, do portal Metrópoles.
Os dois políticos estão sendo investigados por abuso de poder político e uso indevido de comunicação. Além disso, diz a reportagem, o TSE aplicou multa individual de R$ 55 mil a ambos por litigância de má-fé, após manterem no ar propaganda da festividade considerada irregular.
Os gastos do governo federal na celebração do Bicentenário da Independência em 2022 somaram mais de R$ 4 milhões, superando o custo das últimas quatro festas juntas. O contrato mais caro foi firmado com a empresa WFC-Goiás Serviços e Prestações, no valor de R$ 3,38 milhões, incluindo arquibancadas, tribunas, grades de segurança, telões, entre outros itens.
O TSE marcou oitivas com autoridades, incluindo governadores e senadores, para investigar os eventos e possíveis irregularidades relacionadas à celebração do bicentenário.
As ações apresentadas por Soraya Thronicke (União-MS) e pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apuram o uso abusivo de recursos durante os eventos realizados para comemorar a independência do Brasil, buscando verificar se houve abuso de poder político, abuso de poder econômico e uso inadequado dos meios de comunicação durante as festividades.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, durante o ato em Brasília, comparou sua esposa, Michelle, a outras primeiras-damas e puxou um coro de “imbrochável”. Na época. ele pediu a todos para votarem e convencerem outros eleitores sobre o que é melhor para o país.
A investigação segue em andamento, e o TSE busca esclarecer todos os aspectos relacionados aos gastos e ao uso dos recursos públicos durante as comemorações do Bicentenário da Independência.
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