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Segundo Trump, Ucrânia terá “muito território”, mas não contará com segurança da OTAN

Zelensky, por sua vez, disse não estar disposto a negociar territórios com a Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em entrevista à TV norte-americana Fox News, detalhou a partilha do território ucraniano atualmente ocupado por tropas russas, após cúpula realizada com líderes europeus na Casa Branca na última segunda-feira (18).

Trump afirmou que a Ucrânia ficará com “muito território”, mas sem especificar quais. O presidente Ucraniano, Volodymyr Zelensky, por sua vez, disse não estar disposto a negociar territórios com a Rússia, uma das exigências de Putin para encerrar a guerra.

Em relação às garantias solicitadas pelos líderes europeus na reunião de segunda-feira (18) na Casa Branca, para que a Ucrânia não volte a ser atacada, o presidente dos Estados Unidos declarou que “haverá algum tipo de segurança, mas não nos moldes da Otan”.

Trump afirmou ainda que não sabe se Putin irá querer fechar um acordo de paz entre as partes, mas que isso será definido “nas próximas duas semanas”.

“O Putin está cansado dessa guerra. Mas vamos descobrir mais sobre o presidente Putin nas próximas semanas… É possível que ele não queira fechar um acordo”, disse Trump. O presidente dos EUA falou ainda que a Rússia enfrentaria uma “situação difícil” se um acordo não for feito.

Sinalização de acordo

Depois da reunião, nesta terça-feira, a Rússia indicou pela primeira vez que pode aceitar uma reunião entre Zelensky e Vladimir Putin. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que “a Rússia está aberta a qualquer formato para tratar do processo de paz na Ucrânia”.

Após a reunião na Casa Branca, Trump anunciou que está organizando um encontro trilateral com Zelensky e o presidente da Rússia, ainda sem data ou local definidos.

Principais impasses

Um esboço da proposta apresentada por Putin para pôr fim ao conflito inclui a retirada parcial das forças russas do norte da Ucrânia, mas impõe exigências consideradas inaceitáveis por Kiev. Entre elas estão: o reconhecimento da anexação da Crimeia, a permanência do controle russo sobre grande parte da região do Donbas, o compromisso de que a Ucrânia não ingressará na Otan e a flexibilização das sanções internacionais impostas a Moscou.

Diplomatas destacam que esse rascunho não representa um acordo oficial, mas sim uma iniciativa do Kremlin para consolidar as vitórias militares e políticas acumuladas desde 2022. Para Zelensky, aceitar tais condições equivaleria a renunciar à soberania da Ucrânia.

Zelensky já afirmou que pode negociar as terras já controladas pelos exércitos russos.

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Edição 42

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