O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite de quinta-feira (31) uma ordem executiva que estabelece novas tarifas recíprocas para dezenas de países e territórios, com início previsto, na maioria dos casos, para o dia 7 de agosto.

No caso do Brasil, a medida apenas confirma a tarifa já anunciada anteriormente: uma alíquota total de 50% sobre as exportações para os EUA. Em contrapartida, países como o Canadá, que ainda não fecharam acordo com Washington, tiveram aumento nos encargos e passarão a pagar até 35% de imposto de importação.

Segundo o comunicado publicado no site da Casa Branca, Trump justificou as novas tarifas com base em “informações e recomendações adicionais” recebidas de altos funcionários do governo. Os dados tratam, entre outros pontos, da “falta contínua de reciprocidade nas relações comerciais bilaterais” e dos impactos das barreiras tarifárias e não tarifárias impostas por parceiros estrangeiros às exportações americanas.

“Recebi ainda informações sobre relações exteriores, temas econômicos, segurança nacional e o status das negociações comerciais, incluindo tentativas de retaliação aos Estados Unidos”, afirmou Trump na ordem executiva.

Brasil continua com maior tarifa do mundo

No caso brasileiro, a tarifa total de 50% permanece inalterada. Ela é composta por uma alíquota recíproca de 10% e uma sobretaxa de 40% que passa a valer a partir de 6 de agosto. Essa é a maior tarifa imposta pelos Estados Unidos a qualquer país no mundo atualmente.

Apesar disso, o Brasil também conta com a maior lista de exceções: 694 produtos foram poupados da sobretaxa, entre eles metais, petróleo e derivados, suco de laranja e aeronaves.

A nova tarifa será aplicada sobre cerca de 35% das exportações brasileiras aos EUA, o que deve encarecer significativamente o custo dos produtos nacionais no mercado americano. Segundo fontes do governo norte-americano, a medida também funciona como uma resposta às políticas brasileiras nos setores de tecnologia e à condução do processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira a lista das taxas, por país:

1. Países que sofreram imposição de tarifas

2. Países que negociaram tarifas

3. Países que ainda negociam tarifas

4. Países que ficaram com a tarifa base