O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o país pretende assumir o controle da Faixa de Gaza, região devastada pelo conflito entre Israel e o grupo Hamas.
A declaração foi feita nesta terça-feira (4), gerando grande repercussão no cenário político internacional, durante um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Na semana passada, Trump defendeu a remoção da população palestina da região para outros países do Oriente Médio. Apesar da entrada em vigor de um cessar-fogo em três fases desde 19 de janeiro, o futuro do enclave palestino permanece incerto.
Durante seu discurso, o ex-presidente sugeriu uma “ocupação a longo prazo” com o objetivo de promover estabilidade na área, historicamente marcada por conflitos.
“Os EUA vão assumir o controle da Faixa de Gaza e faremos um trabalho lá também. Seremos responsáveis por desmontar todas as bombas não detonadas e outras armas no local, nivelar a área, remover os edifícios destruídos, criar um desenvolvimento econômico que fornecerá um número ilimitado de empregos e moradias para a população da região”, afirmou Trump durante o evento.
A declaração de Trump foi recebida com cautela por Netanyahu, que a considerou uma “ideia diferente” e disse que “vale a pena analisar” os planos norte-americanos para Gaza.
Antes de tornar a proposta oficial, Trump já havia mencionado a possibilidade de realocar os palestinos que vivem no enclave para outras nações. Segundo ele, alguns países da região demonstraram interesse em receber os refugiados.