Austrália, Canadá e Reino Unido comunicaram neste domingo (21) o reconhecimento formal do Estado da Palestina. O movimento configura uma mudança histórica de posicionamento das nações sobre a existência de dois Estados soberanos — Israel e Palestina.
O reconhecimento da Palestina como um Estado soberano busca reforçar a solução negociada entre as partes e aumenta a pressão por um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. Até então, os países adotavam uma posição mais cautelosa, condicionando o reconhecimento a um acordo final entre israelenses e palestinos.
“Hoje, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina para reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados”, defendeu o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer que, em julho, havia antecipado que o reconhecimento ocorreria próximo à 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Today, to revive the hope of peace for the Palestinians and Israelis, and a two state solution, the United Kingdom formally recognises the State of Palestine. pic.twitter.com/yrg6Lywc1s
— Keir Starmer (@Keir_Starmer) September 21, 2025
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, também confirmou o reconhecimento neste domingo. “O Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece sua colaboração para construir a promessa de um futuro pacífico, tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel”, disse em um comunicado.
Canadá e Reino Unido estão entre os primeiros país do G7 que reconhecem o Estado da Palestina. Com a decisão, as nações, juntamente com a Austrália, se somam a mais de 140 países que já reconhecem oficialmente a Palestina como Estado independente, incluindo Brasil, China, Rússia e grande parte das nações da América Latina, África e Ásia.