Celebridades como a atriz Deborah Secco e a influenciadora digital Flávia Pavanelli são algumas das pessoas que aderiram ao transplante de sobrancelhas, tendência que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo da estética. O procedimento garante sobrancelhas mais cheias, definidas e naturais, e virou favorito daqueles que buscam corrigir falhas, cobrir cicatrizes ou apenas conquistar um visual mais marcante.
Nos últimos cinco anos, a realização de transplantes de sobrancelhas cresceu 32%, segundo um estudo do International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS). A técnica consiste na transferência de folículos capilares da nuca ou outras áreas do corpo para a região das sobrancelhas, e vem se consolidando como uma das principais apostas do mercado estético.
Raquel Santiago, CEO da DHI Brasil, explica que fatores como genética, envelhecimento, alopecia, procedimentos mal realizados e até cicatrizes podem comprometer a densidade e o formato das sobrancelhas, levando à necessidade da realização de um transplante.
“As sobrancelhas desempenham um papel fundamental na harmonia do rosto, moldando a expressão e valorizando os traços naturais”, acredita a empresária.

Déborah Secco
Ainda, ela explica que o procedimento é indicado para quem possui falhas ou assimetrias nas sobrancelhas devido à genética ou depilação excessiva ao longo dos anos; alopecia areata ou cicatricial, que afetam o crescimento natural dos fios na região; perda de pelos causada por queimaduras, acidentes ou tratamentos médicos, como quimioterapia; insatisfação estética, buscando sobrancelhas mais volumosas e bem definidas de maneira permanente.
A técnica utilizada na clínica permite que cada fio seja implantado individualmente, o que garante um posicionamento natural e um crescimento definitivo. “Diferente da micropigmentação, que é temporária, o transplante traz uma solução real e duradoura, retirando fios da região da nuca ou das laterais do couro cabeludo, onde possuem características semelhantes às sobrancelhas”, explica.
No entanto, existem outros procedimentos que podem ser feitos nas sobrancelhas como uma alternativa ao transplante. Erica Miguelia, CEO da Loveena Maison e especialista em embelezamento do olhar, conta que algumas terapias desenvolvem o crescimento das sobrancelhas dentro da anatomia natural do paciente, ao estimular o nascimento de novos fios. Porém, para ela, “o transplante é o único procedimento capaz de mudar o formato das sobrancelhas”.
Ela explica que a terapia se desenvolve onde já há folículos, mesmo que estes estejam doentes, “mas precisam existir na região do formato da sobrancelha”, ressalta. Já o transplante pode ser feito em qualquer região onde houver oxigenação no tecido. “Com o transplante conseguimos modelar o formato do jeito que a cliente desejar, e de maneira definitiva”, observa.
A cirurgia do transplante de sobrancelhas é minimamente invasiva e conta com anestesia nas zonas doadora e receptora. A técnica consiste na retirada de folículos da região acima da nuca, que são extraídos com o fio longo, não exigindo que sejam raspados.
No dia da cirurgia, que dura de duas a quatro horas, a paciente já sai com o formato previsto da nova sobrancelha. Os fios que foram implantados não são definitivos e têm a tendência de cair em 30 dias. “É como o dente de leite, são trocados para nascerem os definitivos”, afirma Erica, que destaca que a fase de crescimento é de seis meses a um ano.
Ela ressalta, ainda, que é necessário um acompanhamento médico muito próximo após a realização do transplante. Assim, a clínica ensina as pacientes a cortarem os fios e fazerem o formato correto com a pinça, por exemplo, além de oferecer uma assistência de seis meses para ajudar o folículo implantado a se desenvolver mais rápido.
“O paciente precisa aprender a lidar na prática com a nova realidade, pois o novo fio tem um crescimento muito maior do que o natural da sobrancelha”, comenta.
É importante alertar, entretanto, que o transplante de sobrancelhas não é indicado em certos casos, como para grávidas ou lactantes, pessoas que possuem doenças autoimunes não controladas, problemas de coagulação ou infecções ativas na área a ser tratada, e estar em processo de quimioterapia. “Por isso, uma avaliação médica detalhada é essencial antes de qualquer decisão”, assegura Raquel.