Raphael Oliveira A morte da menina Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, em Brasília, após participar do chamado “desafio do desodorante”, voltou a colocar em pauta a necessidade de regulamentação das redes sociais no Brasil. O caso aconteceu no Distrito Federal e gerou forte comoção, além de mobilizar autoridades.
Nesta terça-feira (15), a primeira-dama Janja Lula da Silva usou as redes sociais para se manifestar sobre o ocorrido. Em uma publicação no Instagram, ela classificou o episódio como consequência direta da ausência de regras claras no ambiente digital. “Ela [Sarah] morreu devido a um desafio ignorante, feito pelas redes sociais. A gente precisa pensar e repensar que mundo é esse que a gente está construindo”, declarou.
Janja cobrou urgência do Congresso Nacional para votar projetos que tratam da regulamentação das plataformas digitais. “A gente tem uma série de temas importantes que precisam de votação no Congresso Nacional. Mas tem esse que é urgente, urgentíssimo: a regulamentação das redes sociais”, afirmou.
Para a primeira-dama, a proteção da infância precisa estar no centro das discussões. “Esse território sem lei das redes sociais, infelizmente, nos levou a Raissa. A gente vai continuar trabalhando para que o projeto de regulamentação das redes seja aprovado com a máxima urgência possível”, completou.
Investigação em andamento
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga as circunstâncias da morte de Sarah Raissa. A criança foi encontrada desacordada após inalar desodorante aerossol em casa, supostamente em cumprimento a um desafio que circulava na internet. Ela chegou a ser socorrida e ficou internada por três dias, mas não resistiu.
O caso expõe os riscos do consumo de conteúdo nocivo por crianças e adolescentes e reforça a preocupação com a ausência de mecanismos eficazes de controle e moderação nas redes sociais.
