O Teste do Pezinho é um procedimento essencial para a saúde dos recém-nascidos, capaz de identificar precocemente mais de 60 doenças, incluindo patologias genéticas, metabólicas e infecciosas.
Comemorado em 6 de junho, o Dia Nacional do Teste do Pezinho serve como um lembrete sobre a importância deste exame que deve ser realizado nos primeiros dias de vida do bebê.
A pediatra Eliane Cespedes destaca a relevância da triagem neonatal, ressaltando que o Distrito Federal é responsável pela maior triagem do país. De acordo com a médica, o teste é feito de forma simples, coletando gotas de sangue do calcanhar do bebê em papel-filtro.
“Todos os bebês devem passar pelo teste, de forma obrigatória. Tanto os nascidos na rede pública quanto na privada têm acesso aos postos de coleta nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do DF”, recomenda.
Além de identificar doenças graves, o Teste do Pezinho Ampliado consegue diagnosticar cerca de 50 doenças raras, como a toxoplasmose congênita, a imunodeficiência combinada grave (SCID) e a atrofia muscular espinhal (AME).
A precocidade no diagnóstico possibilita um tratamento adequado e evita complicações futuras, como sequelas neurológicas ou até mesmo a morte do bebê.
O acompanhamento do desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida, iniciando com o Teste do Pezinho, desempenha um papel fundamental na identificação de atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor e na prevenção de problemas futuros.
Segundo a neuropsicóloga Camila Ferrari, esse tipo de estímulo precoce pode garantir um acompanhamento escolar mais eficiente, reduzindo a repetência e evasão, e formar adultos mais funcionais, produtivos e independentes.
A estimulação precoce, com um programa clínico-terapêutico interdisciplinar, busca alcançar o melhor nível de desenvolvimento para cada criança e abrange diferentes aspectos do neurodesenvolvimento.