O ano de 2025 se inicia trazendo um cenário desafiador, mas também repleto de oportunidades para a economia brasileira. Em um contexto global marcado por transformações geopolíticas, avanços tecnológicos e flutuações cambiais, a capacidade de adaptação e antecipação torna-se um diferencial estratégico para as empresas.
Daniella Abreu, presidente do World Trade Center (WTC), organização que conecta centros de negócios em mais de 300 cidades ao redor do mundo, ressalta a importância de monitorar tendências econômicas e se preparar para os impactos externos. “O Brasil, como uma das principais economias emergentes, é diretamente influenciado por fatores globais, como eleições em grandes potências, guerras e acordos financeiros internacionais. No WTC, buscamos capacitar nossos associados a compreender e atuar estrategicamente diante dessas dinâmicas”, afirma.
A presidente ressalta que é importante levar em consideração as projeções para 2025, que indicam um crescimento de 2,4% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além disso, a balança comercial de 2024 registrou um superávit de US$ 74,6 bilhões, impulsionado por exportações que somaram US$ 337 bilhões. Esse desempenho, embora significativo, ainda ficou atrás do recorde de 2023, quando o saldo foi de US$ 98,9 bilhões, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Outro ponto de atenção são eventos globais como a guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio seguem impactando os preços de commodities energéticas e agrícolas, essenciais para a economia brasileira. Maior exportador de produtos como soja e carne, o Brasil sente diretamente os efeitos dessas oscilações nos mercados internacionais.
Mais um fator relevante é o comportamento do dólar. Daniella Abreu destaca que “o dólar é um termômetro que afeta não apenas o comércio exterior, mas também os custos de produção, a inflação e o poder de compra. Empresas que antecipam essas oscilações estão mais bem preparadas para mitigar riscos e aproveitar oportunidades”.
O avanço tecnológico será outro elemento-chave em 2025. Soluções como inteligência artificial, blockchain e automação prometem impulsionar a eficiência e a competitividade de empresas brasileiras. De acordo com o IBGE, o setor de tecnologia deve crescer acima da média nacional, com destaque para investimentos em inovação no agronegócio e na indústria.
Daniella Abreu enfatiza a relevância de uma abordagem global: “Estar atento às tendências internacionais é essencial para fortalecer a competitividade local. No WTC, promovemos o compartilhamento de conhecimento e análises de cenários para ajudar empresas a navegar por um mercado cada vez mais interconectado”, finaliza.
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