A bola sobe nesta terça-feira (18), a partir das 20h30 (horário de Brasília), para **Boston Celtics e Philadelphia 76ers** abrirem a **nova temporada da NBA**, a maior liga de basquete do mundo. Na sequência, Golden State Warriors e Los Angeles Lakers se enfrentam, a partir das 23h. **As duas partidas desta terça-feira terão transmissão da Amazon Prime, no streaming**. Conhecida por proporcionar assunto para debate mesmo quando não há partidas sendo jogadas, a liga norte-americana viveu uma intertemporada recheada de **polêmicas extra-quadra**, em quantidade acima do normal.
O desenrolar dessas situações – que ainda estão em aberto – ao longo da temporada promete trazer um **tempero especial**, fazendo com que torcedores e fãs, além de salivarem para ver quem será o campeão ao final, desfrutem mais o meio da competição, às vezes não tão destacado no calendário. E as polêmicas não pouparam nem os finalistas do ano passado.
O **atual campeão, o Golden State Warriors** – estreante nesta terça (18), diante do Los Angeles Lakers – viveu semanas turbulentas desde que **Draymond Green** acertou um soco no companheiro **Jordan Poole** em pleno treino, já em outubro. A franquia considerava o assunto resolvido internamente, mas o vazamento do vídeo da agressão teve grande repercussão e exigiu um posicionamento dos envolvidos.
Green, alegando problemas pessoais, pediu desculpas e se afastou do elenco por alguns dias. O **técnico Steve Kerr** declarou que não houve suspensão, apenas multa, cujo valor não foi divulgado. No último fim de semana, Poole enfim falou sobre o episódio, minimizando o impacto do ocorrido e dizendo que o colega já havia se desculpado.
No entanto, com ambos os atletas envolvidos em negociações de renovação dos contratos (Poole recentemente estendeu o compromisso com o Warriors; Green ainda não) e o fato de Draymond Green ser notoriamente **temperamental**, esta é uma situação que será acompanhada ao longo da temporada.
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O **Boston Celtics, derrotado na decisão em 2021-22**, viveu drama ainda maior. Em setembro, **o técnico Ime Udoka foi suspenso do comando da equipe por um ano**. Pouco se sabe a respeito do motivo da punição, já que a equipe divulgou apenas que se tratara de uma relação imprópria com uma funcionária do staff da franquia.
Os próprios atletas disseram ter sido pegos de surpresa com o anúncio e afirmaram também não saber o que de fato aconteceu. Udoka – casado com a atriz Nia Long – foi talvez o grande responsável pela transformação que o time sofreu no meio da temporada passada, subindo de produção e chegando à final apoiado na **melhor defesa da liga**. Até pela falta de informações, não há indícios sobre o futuro do técnico, se ele acabará demitido, ou se retornará após a suspensão.
Para o lugar dele, **o Celtics promoveu o assistente Joe Mazzulla a técnico interino**. Mazzulla, de 34 anos, chegou a ser preso em 2009 por violência contra uma mulher. Segundo o diretor-geral (e ex-técnico) da franquia, Brad Stevens, a equipe de Boston já havia apurado o caso, quando contratou o assistente anos atrás, e confia nele. Em quadra, Mazzulla terá de superar a **inexperiência**, já que será responsável por dirigir a equipe e conquistar o vestiário, repleto de atletas com altas expectativas para a temporada.
Outra equipe projetada para disputar o título, o **Phoenix Suns**, passa por momento delicado. Também em setembro, **o proprietário da franquia Robert Sarver, que também controla o Phoenix Mercury (WNBA), foi suspenso pela NBA** por um ano e multado em US$ 10 milhões (o equivalente a R$ 52,9 milhões), após a conclusão de investigações a respeito de denúncias sobre comportamento tóxico do empresário.
Sarver, que adquiriu as ações do Suns em 2004, foi alvo de **denúncias de antigos e atuais funcionários da franquia, por comentários machistas, homofóbicos e racistas**, entre outras condutas. A punição da liga, considerada branda, foi recebida com críticas e, dias depois, o bilionário resolveu colocar o patrimônio esportivo à venda. Somente **o Suns tem valor estimado em US$ 1,8 bilhão** (R$ 9,5 bilhões).
O **imbróglio extra-quadra**, iniciado antes da temporada passada, pareceu a princípio não afetar o time, que fez a melhor campanha da temporada regular. No entanto, a equipe desmoronou nos playoffs – foi eliminada de forma vexatória diante do **Dallas Mavericks**, na semifinal da Conferência Oeste – e exibe sinais de instabilidade no elenco.
Um dos titulares, Jae Crowder, está afastado após pedir para ser trocado por perceber que perderia a vaga. Outro, **Deandre Ayton**, chegou a assinar com o Indiana Pacers, mas a oferta foi igualada pelo Suns. Em declarações à imprensa, o atleta não se mostrou especialmente animado em continuar defendendo o time do Arizona.
![Luka Doncic, do Dallas Mavericks: astro internacional quer seu primeiro título da NBA](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/nba2_60dbdb1d75.png)
Diante de tantas narrativas complicadas, a história que prometia ser o grande acontecimento do intervalo entre uma temporada e outra da NBA parece ter acontecido em época distinta. Em junho, o **astro Kevin Durant**, de contrato renovado com o Brooklyn Nets, pediu para ser negociado pela equipe.
No entanto, não houve proposta que atendesse à demanda do Nets, que não desejava perder um dos maiores talentos da história do basquete e fez altos pedidos em troca. Durant, que chegou a dar um **ultimato à franquia**, manifestando que, caso a equipe quisesse contar com ele, deveria mandar embora o técnico Steve Nash e o diretor Sean Marks, acabou retirando a exigência e aceitando permanecer em Brooklyn.
Nash e Marks também seguem e agora todas as atenções estarão voltadas para alguma atualização neste enredo. Um início ruim pode reaquecer os rumores de **insatisfação** e certamente diversos times estarão interessados em contar com Durant.
Com a **instabilidade espalhada**, uma data pode ganhar contornos ainda mais dramáticos nesta temporada. O dia 9 de fevereiro será o último em que as equipes poderão trocar atletas e fazer ajustes em busca dos objetivos traçados agora, que podem ser atualizados no desenrolar da temporada. Entre a primeiríssima jogada e o desfecho da temporada, quando se coroar um novo campeão, muito pode mudar. Atenção ao meio.
**Internacional**
**A NBA anunciou que 120 jogadores internacionais estão nos elencos dos times da liga nesta temporada**. São astros de **40 países diferentes e seis continentes**, com destaque para números recordes de canadenses (22), australianos (10) e até nigerianos (5).
Será a nona temporada seguida que mais de 100 jogadores estrangeiros integram os elencos da primeira rodada da temporada, uma prova da **força alcançada fora dos Estados Unidos**. Por sinal, **todos os 30 times da NBA têm pelo menos um gringo**.
![Raul Neto, o Raulzinho, será o único representante brasileiro na temporada 2022-2023 da NBA](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/raulzinho_6d32c4234b.jpg)
**O Brasil foi salvo por Raul Neto**, que atuará pelo Cleveland Cavaliers nesta temporada. O país que já teve Leandrinho, Nenê e Varejão, terá o solitário armador da seleção como representante verde-amarelo.
**Onde assistir**
O torcedor brasileiro terá uma cartela variada de opções para assistir à temporada 2022-2023 da NBA. As partidas da maior liga de basquete do mundo serão transmitidas por:
– CNN, no Facebook
– Amazon Prime, no streaming
– Band, na TV aberta
– ESPN, na TV fechada
– TNT Sports, na TV fechada e YouTube
– Budweiser, no canal da empresa YouTube
– Gaules, na plataforma Twitch
– League Pass, serviço próprio de transmissão dos jogos da NBA
_**Com informações da Agência Brasil**_