Raphael Oliveira As principais bolsas de valores do mundo enfrentaram uma queda expressiva nesta segunda-feira (7), refletindo a crescente apreensão dos mercados com os impactos do novo pacote de tarifas anunciado pelos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa (IBOV) acompanhou o movimento global e recuava 1,44% por volta das 10h20, atingindo 125.429,63 pontos.
O dólar à vista também reagiu ao cenário de aversão ao risco e era negociado a R$ 5,8927, em alta de 0,98%. Na última sexta-feira (4), a moeda norte-americana já havia registrado uma disparada de 3,68%, encerrando o dia cotada a R$ 5,8355.
O clima negativo se espalhou pelas bolsas internacionais, marcando um dos piores dias desde a pandemia de covid-19. A bolsa de Hong Kong liderou as perdas, com uma queda de 13%, a mais acentuada desde 1997. Na China continental, o Shanghai Composite cedeu cerca de 8%.
Na Europa, os principais índices também abriram o dia em forte queda, refletindo os temores de uma recessão global provocada pela escalada da guerra comercial. O índice DAX, da Alemanha, desabou quase 10%, enquanto o FTSE 100, da Bolsa de Londres, caiu cerca de 6% logo após a abertura dos mercados, por volta das 4h22 (horário de Brasília).
As medidas protecionistas anunciadas pelo presidente Donald Trump, que voltaram a ganhar força com a proximidade das eleições nos EUA, têm gerado incerteza sobre o comércio global e pressionado investidores a buscar ativos considerados mais seguros.
