Técnicos estrangeiros nunca venceram uma Copa do Mundo

**O bom desempenho da seleção brasileira no último ano de preparação para a Copa do Mundo de 2022 elevou as expectativas para que o hexacampeonato fosse conquistado no Catar.** Porém, o sonho foi interrompido após a derrota nos pênaltis para a Croácia. Com a eliminação, vieram a despedida de Tite e as especulações para descobrir quem será o novo técnico do Brasil.

**A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) espera preencher a vaga de treinador em janeiro. A prioridade seria a contratação de um treinador estrangeiro de primeiro escalão.** Até aqui, foram ventilados os nomes de **Carlo Ancelotti (Real Madrid), Pep Guardiola (Manchester City), Zinédine Zidane (sem clube) e José Mourinho (Roma)**. Mas as estatísticas das Copas do Mundo vão de encontro à preferência. **Nas 22 edições disputadas até aqui, jamais uma seleção ergueu a taça sendo liderada por um treinador de outra nacionalidade.**

O Brasil foi campeão cinco vezes com brasileiros: **Vicente Feola (1958), Aymoré Moreira (1962), Mário Jorge Lobo Zagallo (1970), Carlos Alberto Parreira (1994) e Luiz Felipe Scolari (2002)**. O mesmo ocorre com as seleções tetracampeãs. **Vittorio Pozzo comandou a Itália em 1934 e 1938, sendo até hoje o único bicampeão mundial. Enzo Bearzot (1982) e Marcello Lippi (2006) são os outros dois italianos que conquistaram o troféu**. Na Alemanha, são quatro treinadores diferentes: **Sepp Herberger (1954), Helmut Schön (1974) e Joachim Löw (2014), além de Franz Beckenbauer, vencedor em 1974 como jogador e em 1990 como técnico**.

Tricampeões mundiais, a Argentina levantou a taça sob comando dos argentinos **César Luis Menotti (1978), Carlos Bilardo (1986) e Lionel Scaloni (2022)**. O Uruguai teve **Alberto Suppici (1930) e Juan López Fontana (1950)**. Já a França foi campeã a primeira vez em 1998, com Aimé Jacquet, que dirigia Didier Deschamps, campeão da Copa de 2018 como técnico. **A Inglaterra venceu em 1966, com Alf Ramsey, e a Espanha levou a taça em 2010, com Vicente del Bosque.**

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirma que tomará a decisão pessoalmente, sem ceder a pressões de outros setores da entidade, conselheiros ou líderes que organizam o futebol brasileiro. Pesa na balança um fato importante: a seleção brasileira quer o título em 2026 para não encarar a maior fila de sua história (28 anos).

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