Com as portas fechadas desde o ano de 2014 para ajustes relacionadas a normas de segurança, combate a incêndio e acessibilidade, o Teatro Nacional Claudio Santoro está em processo de restauração e modernização. A obra, contratada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) com recursos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), foi dividida em quatro etapas devido à complexidade do projeto.
A primeira etapa, iniciada em dezembro de 2022, tem como foco a reforma da Sala Martins Pena e de seu foyer, além de melhorias em infraestrutura predial, como sistemas elétricos, hidráulicos e de climatização. Também estão sendo realizadas atualizações tecnológicas e de segurança das estruturas e mecanismos cênicos, atendendo aos requisitos de acessibilidade e preservação patrimonial definidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Desafio é a palavra certa para definir essa obra. O teatro foi fechado por questões de segurança e pela falta de acessibilidade. Buscamos um equilíbrio entre atender às normas de segurança e preservar a originalidade do patrimônio”, afirmou Daiana de Andrade, engenheira da Novacap e fiscal da obra.
Entre os avanços previstos na primeira etapa estão a instalação de reservatórios de incêndio, sistemas de ar condicionado e exaustão, além da sala de geradores. “Esse primeiro foco é a Sala Martins Pena e o foyer, mas também executamos serviços que darão suporte às próximas etapas da obra”, explicou a engenheira.
Investimento
A primeira etapa conta com um investimento de aproximadamente R$ 70 milhões por parte do Governo do Distrito Federal (GDF). A reforma completa abrangerá ainda as salas Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno, o Espaço Dercy Gonçalves, o anexo e uma etapa complementar dedicada à aquisição e instalação de elevadores de palco.
O Teatro Nacional Claudio Santoro foi projetado por Oscar Niemeyer em 1958 como parte dos equipamentos culturais da nova capital federal. O espaço recebeu o nome atual em 1989, em homenagem ao maestro e compositor Claudio Santoro, fundador da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional.
As salas do teatro homenageiam personalidades como Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Martins Pena e Dercy Gonçalves. Ao longo de sua história, o espaço foi palco de apresentações de grandes nomes da música, dança e teatro, como Mercedes Sosa, Balé Bolshoi, Fernanda Montenegro, Dulcina de Moraes, Caetano Veloso e Maria Bethânia.
Com informações da Agência Brasília