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TCU determina bloqueio de R$ 6 milhões do programa Pé-de-Meia

Decisão foi baseada em relatório que apontou irregularidades fiscais e possíveis impactos negativos na credibilidade das contas públicas

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou o bloqueio parcial de R$ 6 bilhões em recursos do programa Pé-de-Meia. A decisão foi baseada em relatório técnico que aponta irregularidades fiscais e possíveis impactos negativos na credibilidade das contas públicas.

De acordo com a área técnica do TCU, o programa foi estruturado para utilizar recursos de fundos privados, como o Fundo Garantidor de Operações (FGO) e o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc), sem transitar pelo Orçamento Geral da União (OGU). Essa prática desrespeita princípios constitucionais, como o da universalidade orçamentária, que exige que todas as receitas e despesas públicas sejam registradas no orçamento.

“No arranjo em que o Fipem [Pé-de-Meia] é capitalizado com recursos do FGO e Fgeduc, esses fundos privados, que possuem a União como cotista, terminam por funcionar como orçamentos paralelos ao OGU, alocando valores desse ente federado para consecução da política pública à margem do ordenamento jurídico das finanças públicas”, escreveu Nardes.

O documento também ressalta o risco de desestabilização fiscal, uma vez que os gastos do programa escapam das regras fiscais vigentes, como a Regra de Ouro e o Novo Arcabouço Fiscal. Segundo os técnicos, essa manobra pode gerar desconfiança nos mercados financeiros, fuga de investidores, desvalorização da moeda, aumento da inflação e elevação das taxas de juros.

“Os recursos provenientes de resgate de cotas […] devem constar do orçamento, em respeito ao princípio da universalidade”, destacou o relatório técnico.

Nível de impacto

Embora a medida cautelar do TCU não interrompa imediatamente o programa, ela impede o uso de recursos de fundos privados, como o FGO e o Fgeduc, para financiar o Pé-de-Meia.

O TCU também determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Caixa Econômica Federal apresentem explicações sobre as irregularidades em até 15 dias.

 

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