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Taxa de desemprego entre mulheres cai no Distrito Federal

Levantamento aponta que cerca de 80% dos empregos femininos se concentram no setor de serviços
Desemprego cai no DF
Desemprego cai no DF | Arquivo/Agência Brasil

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Neste dia 8 de março, o Dia Internacional das Mulheres, um novo boletim publicado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra dados comparativos sobre a participação feminina no mercado de trabalho na capital do país, níveis de desemprego e mudanças nas ocupações exercidas por mulheres, entre o segundo semestre de 2021 e o segundo semestre de 2022.

 

De acordo com o levantamento, houve uma redução de 2,5% na taxa de desemprego total entre mulheres, passando de 19,4% para 16,9%, enquanto entre os homens a diminuição representa apenas 1,5%, indo de 14,5% para 13,0%.

 

As 19 mil novas vagas de emprego geradas resultaram em 20 mil desempregadas a menos, tendo em vista que o número absoluto de mulheres economicamente ativas se manteve em 803 mil, as quais 667 mil se encontravam ocupadas e 135 mil desocupadas no 2° semestre de 2022. Por outro lado, a taxa entre os homens relatou uma diminuição no número de pessoas ativas (de 862 para 848 mil), mas mantendo o número de ocupados (737 mil), o que representa uma diminuição de 12% na taxa de desempregados.

 

Na questão da distribuição das pessoas ocupadas nos setores de atividades econômicas, não houve uma grande variação entre os períodos analisados. O setor de indústria de transformação registrou uma mudança de apenas 0,1% (2,6% para 2,5%), assim como o setor de comércio e reparação (de 15% para 14,9%), o setor de construção manteve a mesma porcentagem (6%), e o único setor que foi constatado um aumento foi o de serviço, que passou de 80,6% para 80,8%. A taxa de distribuição masculina também não obteve mudanças significativas.

 

O setor de serviços é onde se encontra a grande maioria das mulheres ocupadas, com 80% dos empregos sendo nesse setor. Dentro deste setor, as atividades que mais se destacam são Administração pública, Defesa e seguridade social, Educação, Saúde humana e serviços sociais, que representava 33,8% em 2021, e passou a representar 34,1% no 2° semestre de 2022. A única atividade que apresentou uma diminuição na taxa de representantes foi a de serviços domésticos, que passou de 12,5% para 10,9%.

 

No período de análise, notou-se uma diminuição no número de mulheres trabalhando no setor público, que foi de 21,5% para 20,9%, assim como no número de trabalhadoras autônomas e empregadas domésticas (13,6% para 12,9% e 12,5% para 10,9%, respectivamente). Por outro lado, houve um aumento na participação das mulheres no setor privado (45,4% para 46,7%), com destaque para aquelas com carteira assinada (38,7% para 39,7%). As demais ocupações registraram um aumento de 1,4%, (7,1% para 8,5%).

 

Quanto à renda média real, as mulheres também obtiveram um aumento maior que os homens durante o período de análise (aumento de 3,3% para as mulheres e 1,4% para os homens). Esse aumento representa uma mudança na renda média, que foi de R$ 3446,00 para R$ 3560,00, enquanto a média dos homens foi de R$ 4541,00 para R$ 4604,00. Os setores que registraram o maior aumento de renda média foram o setor privado e trabalhadoras com carteira assinada (10,5% e 10,7%, respectivamente).