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Tal como a França, Brasil repete dois adversários da Copa da Rússia

**Entra Copa, sai Copa e o quadro não muda: o Brasil é sempre um dos favoritos.** É assim desde 1950, quando o título escapou em pleno e recém-construído **Maracanã – o original, não este estádio modernoso imposto pela Fifa para a Copa de 2014**. No Catar não ia ser diferente. **O selecionado do técnico Tite é novamente favorito**, ao lado de outros ganhadores habituais, como França, Alemanha e Argentina.

Valores para isso não faltam. Entre a eliminação para a Bélgica, em 2018, e a estreia contra a Sérvia, no a quinta-feira (24), às 16h, no estádio Lusail, muita água rolou embaixo da ponte. **E a boa notícia é que Neymar (Paris Saint-Germain-FRA) não é mais a prima-donna da companhia.** Agora, no poderoso ataque brasileiro, há talentos como Vinicius Junior (Real Madrid-ESP), Antony (Manchester United-ING), Raphinha (Barcelona-ESP) e Richarlison (Tottenham-ING), sem falar de coadjuvantes como Rodrygo (Real Madrid-ESP), Pedro (Flamengo) e a dupla Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli, do Arsenal-ING.

**De fato, é um grupo de atacantes invejável, mas que precisa ser abastecido pelos meias.** E eles não são muitos: Bruno Guimarães (Newcastle-ING), Casemiro (Manchester United-ING), Fabinho (Liverpool-ING), Fred (Manchester United-ING), Paquetá (West Ham-ING) e Everton Ribeiro (Flamengo). De repente, o contestado lateral Daniel Alves (Pumas-MEX) pode pintar como um dos componentes do meio. **Mas é sintomático ter tanta gente boa na frente e um elenco mais modesto no meio.**

Uma inspiração para resolver o problema pode estar no passado. **Na Copa de 1970, o Brasil tinha uma profusão de camisas 10 no plantel pensado por João Saldanha e comandado por Mário Jorge Lobo Zagallo, que acabou escolhendo usar todos.** Alinhou Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos) e Rivellino (Corinthians), colocou Jairzinho (Botafogo) como um misto de centroavante e ponteiro direito e deixou Clodoaldo (Santos) na proteção e Gérson (São Paulo) como municiador. **Pôs os camisas 10 para rodar e mudar de posição e formou a melhor linha de frente da seleção brasileira de todos os tempos.**

É cedo para pensar que estes meninos vão desbancar o grupo que ganhou todos os jogos na primeira Copa do Mundo do México, e com absoluta autoridade. **Também falta um Pelé, um misto de homem e Deus em campo.** Mas a verdade é que o Brasil nunca esteve tão bem abastecido de homens de frente desde a Copa do Mundo de 2002, curiosamente nosso último título em mundiais. Com a defesa, Tite não tem muito com o que se preocupar: Alisson (Liverpool-ING), Danilo (Juventus-ITA), Militão (Real Madrid-ESP) ou Marquinhos (Paris Saint-Germain-FRA), Thiago Silva (Chelsea) e Alex Sandro (Juventus-ITA) dão para o gasto.

**Na Copa passada, os comandados de Tite ficaram só no suado empate com a Suíça e, quando pegou a Sérvia, não tomou conhecimento dos adversários.** Agora começa contra um time sérvio de mais qualidade. Listada na Liga das Nações B, a preparação foi boa, pois o selecionado enfrentou as fortes Suécia, Noruega e Eslovênia, ficando em primeiro, com quatro vitórias, um empate e uma derrota.

**O perigoso atacante Aleksandar Mitrović (Fulham-ING), autor de seis gols em seis jogos na Liga das Nações, faz uma dupla de respeito com Dušan Vlahović (Juventus-ITA).** Alimentados especialmente por Dušan Tadić (Ajax-HOL), eles estão protegidos por uma linha de quatro meias – em geral, Gudelj (Sevilla-ESP), Sergej Milinković-Savić (Lazio-ITA), Kostić (Juventus-ITA) e Lukić (Torino-ITA). Ou seja, um adversário bom do meio para a frente e que tem uma defesa bastante sólida. Promete ser um jogo de muito estudo e, talvez, de muitos gols, pois o time de Dragan Stojković gosta de propor um futebol ofensivo. **Mas a tradição costuma pesar bastante nestas horas.**

Se a Sérvia cresceu nos últimos quatro anos, **a Suíça estagnou e teve uma Liga das Nações A bastante irregular.** Tomou um passeio de Portugal e acabou em terceiro no seu grupo, atrás dos lusitanos e dos espanhóis. Para piorar, no amistoso contra Gana, no dia 17, perdeu por 2 x 0, o que acendeu a luz amarela. **Os destaques continuam sendo os atacantes Embolo (Monaco-FRA) e Shaqiri (Chicago-EUA) e o meia Xhaka (Arsenal-ING).** O bem-humorado treinador Murat Yakin, um suíço de origem turca, sabe que é fundamental uma vitória na estreia, na quinta-feira, às 7h, no estádio Al Janoub, contra Camarões.

A seleção da África é, teoricamente, o adversário mais fácil do grupo. E a preparação camaronesa mostra isso. O time do treinador Rigobert Song, antigo ídolo do futebol daquele país, perdeu de Coreia do Sul e Uzbequistão e empatou com Panamá e Jamaica.** Se o goleiro Onana (Internazionale-ITA) é um destaque, assim como o meia Anguissa (Napoli-ITA), o resto do time é frágil **e não deve ser sombra aos rivais.

Redação GPS

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