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Subordinada de Torres que soube de vandalismo integrou ato contra PT

Ex-subsecretária Marília Alencar é casada com o delegado Erasmo Júnior e ambos estiveram engajados no movimento contra Dilma Rousseff em 2016

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Recém-exonerada do cargo de subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), **Marília Ferreira Alencar** reconheceu, recentemente para a Polícia Federal, que a cúpula das forças policiais do DF foram comunicadas sobre os ataques contra a sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.

A subordinada de Anderson Torres, ex-titular da pasta, afirmou à PF que a cúpula policial do DF tomou conhecimento, três dias antes, dos ataques de vandalismo do dia 8 de janeiro (_veja abaixo_).

Antes de ocupar a cadeira na SSP, Marília participou do movimento, em 2016, em prol do impeachment da ex-presidente **Dilma Rousseff (PT)**.

Na **foto em destaque**, ela aparece naquele ao ao lado do companheiro, o delegado federal José Erasmo de Oliveira Júnior, que, dois anos mais tarde, chefiaria a Divisão de Dignatários da Polícia Federal, setor responsável pela segurança dos então candidatos ao Palácio do Planalto. Lula era um deles.

O [portal Uol revelou](https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/05/20/perfil-delegado-pf-seguranca-presidenciaveis-curte-posts-contra-lula.htm) que, além de Marília, o policial mesmo tinha um histórico de curtir e engajar posts com conteúdo contrário ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Um deles dizia que Brasil soltou “_líder de quadrilha condenado em três instâncias para se tornar candidato a presidente_”.

![Reprodução](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/f768x1_81898_82025_0_5e26760ab5.png)

**Alerta de vandalismo**

Recentemente, Marília Alencar [ganhou as páginas dos portais](https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/02/04/ex-subsecretaria-de-inteligencia-do-df-diz-a-pf-que-forcas-de-seguranca-e-orgaos-federais-sabiam-das-movimentacoes-de-bolsonaristas-dias-antes-dos-atos-terroristas-em-brasilia.ghtml) e jornais por declarar, para a Polícia Federal, que a cúpula da forças policiais do DF teria conhecimento das invasões contras as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.

Segundo a ex-subsecretária, as manifestações eram de conhecimento da pasta desde o dia 5 de janeiro, três dias antes dos atos antidemocráticos. O depoimento pulveriza a responsabilidade entre as autoridades e é visto como benéfico para a defesa de Torres.

Ainda no depoimento, Marília afirmou que um relatório de inteligência, do dia 6 de janeiro, já reunia dados claros sobre “_possíveis invasões de ocupação de prédio público, bloqueio de refinaria e distribuidoras de combustíveis e possivelmente uma greve geral no dia 9 de janeiro_”.

Alencar chegou até a SSP pelas mãos do ex-secretário Anderson Torres, que está preso acusado de “_omissão dolosa_” por não ter conseguido impedir as destruições e o vandalismo na capital federal. Ele estava de férias, nos Estados Unidos, quando houve destruição na Praça dos Três Poderes.