Redação GPS O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF) e prorrogou por mais 60 dias , nesta segunda-feira (17), o inquérito que investiga denúncias de assédio e importunação sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
A investigação, que tramita sob sigilo, estava próxima da conclusão, mas a PF alegou necessidade de mais tempo para tomar o depoimento do ex-ministro. A informação é de Igor Gadelha, do Metrópoles.
A solicitação de prorrogação foi encaminhada pela PF no fim de janeiro e acatada pelo relator do caso no STF. Embora o prazo oficial tenha sido estendido por dois meses, há expectativa de que o inquérito seja concluído antes desse período.
As acusações contra Almeida resultaram em sua exoneração do Ministério dos Direitos Humanos em setembro de 2024. O governo federal, à época, divulgou uma nota oficial reforçando que não toleraria nenhuma forma de violência contra mulheres.
O caso ganhou repercussão após denúncias que apontam que uma das supostas vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de ex-alunas de Almeida. As denúncias teriam sido encaminhadas ao “Me Too Brasil”, movimento que acolhe vítimas de violência sexual.
Desde o início das investigações, Silvio Almeida tem negado as acusações e classificado as denúncias como “mentiras”.
Recentemente, em uma postagem nas redes sociais, Almeida afirmou que foi alvo de uma tentativa de “aniquilamento” público. “Nestes últimos meses, tentaram me fazer esquecer quem eu realmente sou, quem eu fui e quem eu sempre quis ser. Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia”, escreveu.
