Atendendo a um pedido da defesa de Walter Braga Netto, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou uma acareação entre o general e o delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão é do ministro Alexandre de Moraes.
Em paralelo, Moraes também acolheu pedido de Anderson Torres para uma segunda acareação entre o ex-ministro e o general Marco Antônio Freire Gomes, responsável pelo comando do Exército à época das eleições de 2022 e testemunha no inquérito que investiga tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito.
As oitivas entre Cid e Braga Netto e entre Torres e Freire Gomes devem ocorrer na próxima terça-feira (24), às 10h e às 11h, respectivamente, na sala de audiências do STF.
A acareação é um procedimento previsto na legislação brasileira em que duas ou mais pessoas são colocadas frente a frente para esclarecer contradições em seus depoimentos. O recurso busca confrontar as versões divergentes.
“Contradições insanáveis”
Na avaliação da defesa de Braga Netto, há “contradições insanáveis” nos depoimentos de Mauro Cid. Por isso, defendem a “urgente realização da acareação entre os dois”.
O objetivo, segundo os advogados, é esclarecer as versões conflitantes sobre o suposto plano intitulado de “Punhal Verde e Amarelo”, que tratou do monitoramento e do assassinato de autoridades.