Até domingo (7), Brasília será a sede do 17° Campeonato Mundial de Kungfu Wushu. A cidade é a primeira da América Latina a receber a competição. Com mais de 800 atletas de 77 países confirmados, o evento acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com entrada gratuita. A competição é organizada pela Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW), com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Distrito Federal (SEL/GDF).
Na solenidade de abertura da competição, realizada nesta terça-feira (2), a organização homenageou personalidades e organizações brasilienses com o título de Vip Honorary Guests. São eles os empresários Paulo Octávio e Higino França, o jornalista Eugênio Piedade, o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, e o deputado federal Julio César Ribeiro (Republicanos-DF).

Autoridades, organizadores e comvidados, antes do início da cerimônia de abertura. Foto: Divulgação
Um dos homenageados pela organização da competição, o empresário Paulo Octávio destacou a importância do esporte para Brasília. “Acredito, desde os anos 1990, que Brasília é a cidade ideal para o esporte, tanto que liderei à época, a campanha para trazer os Jogos Olímpicos para o País, o que acabou ocorrendo em 2016. Competições deste porte são importante para reafirmar esta vocação natural da Capital”, completou.
Agradeço a homenagem e o carinho dos realizadores do 17° Campeonato Mundial de Kungfu Wushu e estarei sempre à disposição de quem quiser incentivar a prática de esportes, que trazem disciplina e concentração aos seus praticantes”, disse ele, que também foi atleta em sua juventude.
Segundo o deputado Julio César Ribeiro, a competição é histórica para a Capital geral. “Brasília abre as portas para o 17º Campeonato Mundial de Ruxo, celebrando não apenas uma modalidade esportiva, mas também os valores universais de disciplina, respeito e superação”, avalia. “É um encontro grandioso que faz de Brasília o epicentro mundial desta arte marcial milenar, que ao mesmo tempo é esporte, cultura e filosofia de vida”, lembrou o deputado, apoiador da realização do Mundial em Brasília, quando esteve à frente da Secretaria de Esporte e Lazer.
Nossa capital mostra que é capaz de acolher diferentes modalidades e de ser exemplo para todo o país. Brasília não é apenas palco do futebol, mas também do wushu, da ginástica, do judô, do vôlei, do atletismo e de tantas outras modalidades que encontraram aqui um lugar de incentivo e respeito. A vida desse Mundial não foi uma obra do acaso, foi fruto de muito trabalho e quero agradecer ao governador Ibaneis Rocha, que realmente incentiva e colabora para que a gente possa trazer grandes eventos para Brasília”, definiu.
O secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, deu as boas-vindas a todos os atletas, técnicos, dirigentes e apaixonados pelo wushu. “É uma honra para a nossa cidade sediar pela primeira vez na América Latina um evento dessa grandeza, porque Brasília é hoje referência no esporte brasileiro e internacional”, disse.
Somos uma cidade que acredita no esporte como instrumento de inclusão, cidadania, saúde e transformação social. Estamos prontos para receber o público com infraestrutura moderna, segurança, mobilidade, excelente rede hoteleira e, acima de tudo, a hospitalidade do nosso povo. Tenho certeza de que todos sairão daqui levando, além das medalhas, memórias inesquecíveis da nossa cultura, gastronomia e do carinho brasiliense”, concluiu.
Já o presidente da Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW), Marcus Vinícius Alves, saudou os comandantes da Federação Internacional da modalidade. Ele também destacou o apoio do GDF. “Hoje, fazemos história juntos. Pela primeira vez, pela primeira vez na América Latina, este prestigiado evento está sendo realizado. Esta não é apenas uma celebração para o Brasil, mas também para todo o nosso continente”, acrescentou.
Nos próximos dias, testemunharemos o melhor do nosso esporte. A habilidade, disciplina e energia dos melhores atletas do mundo. A dedicação e precisão de nossos funcionários. E o espírito de amizade e respeito que nos uniu além da competição. Whshu é muito mais do que uma arte marcial. É uma ponte que conecta culturas, construindo compreensão e inspirando em harmonia”, definiu.
Brasil terá 16 atletas no Mundial de Wushu
Potência do wushu nas Américas, o Brasil contará com 16 representantes na competição — oito no Taolu, modalidade com rotinas técnicas e coreografadas, e oito no Sanda, de combate. Só do Distrito Federal serão sete atletas disputando medalhas, a maioria da delegação. Destes, cinco já estiveram em outras edições de Mundiais e acumulam conquistas internacionais.

Sete atletas representam o DF no Mundial de Wushu. Foto: Lázaro Viana/Divulgação
No Taolu, os principais nomes são Michele Santos, medalhista de bronze nos Jogos Mundiais e no Brics Games, e Gabriel Nakamura, tetracampeão pan-americano. Ângela Ximenes, Éverson Felipe, Márcio Coutinho e o estreante David William completam a lista de representantes do DF na modalidade. Davi Guimarães é o único atleta local nas disputas de Sanda, na categoria 80kg. Estreante em Mundiais adultos, ele já foi ao pódio em uma edição Júnior: levou o bronze em 2018, justamente em Brasília.
Vai ser um evento muito importante e marcante para nós. Receber um campeonato desse porte aqui em Brasília, trazendo países do mundo todo para a nossa cidade, é muito importante. Além de ter a oportunidade de competir com o apoio da família e dos amigos, que sempre nos assistem só por vídeo. Essa vibração vai fazer toda diferença”, disse Michele.
Brasília tem se consolidado como referência internacional para o kungfu wushu. Nos últimos anos, a capital sediou o Mundial Júnior (2018), o Campeonato Pan-Americano (2022) e diversas edições do Campeonato Brasileiro, todos elogiados pela organização e alto nível técnico. “Acredito que isso vai contribuir para fortalecer ainda mais o wushu não apenas no Brasil, mas em todo o continente. Trabalhamos duro para oferecer um evento de alto nível, à altura dos Mundiais anteriores”, afirma Marcus Vinícius Alves, presidente da CBKW e do Comitê Organizador Local.
O Brasil já conquistou 26 medalhas — três de ouro, oito de prata e 15 de bronze —, ficando fora do pódio em apenas três das 16 edições realizadas. Grandes eventos vêm impulsionando o crescimento do wushu no Brasil. Segundo o último censo da CBKW, cerca de 220 mil pessoas praticam o esporte no País, sendo 15 mil filiados a federações estaduais.