Leonardo Rodrigues de Jesus, mais conhecido como Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quarta-feira (22/1) por participação nos atos antidemocráticos realizados em 8 de janeiro. As manifestações culminaram em invasões e depredações aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a denúncia, Léo Índio foi flagrado em imagens publicadas nas redes sociais sobre a cúpula do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), áreas cuja circulação é restrita ao público. A PGR o acusa de envolvimento direto nas ações violentas e de causar danos ao patrimônio público.
Entre os crimes apontados pela PGR estão:
– Associação criminosa armada;
– Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
– Golpe de Estado;
– Dano qualificado por violência e grave ameaça;
– Deterioração de patrimônio tombado.
Além das acusações criminais, a PGR solicita a aplicação de uma multa como reparação pelos danos causados. O valor será estipulado caso o Supremo Tribunal Federal aceite a denúncia. Se isso ocorrer, Léo Índio passará a ser réu em uma ação penal.
Léo Índio ganhou destaque por sua proximidade com a família Bolsonaro. Nas eleições de 2022, ele tentou uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pelo PL, mas não conseguiu se eleger. A relação familiar e sua presença em eventos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro intensificaram os questionamentos sobre seu papel nos atos antidemocráticos.
Agora, cabe ao STF decidir se acata ou rejeita a denúncia apresentada pela PGR. Caso a denúncia seja aceita, o sobrinho de Bolsonaro enfrentará um processo penal pelos crimes mencionados.