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Silenciosamente, a Alzheimer acomete seu pet. Identifique sinais

Apesar de serem nossos melhores amigos, nem sempre reparamos nos sinais que eles nos dão. Se fica difícil perceber os primeiros sinais da doença com nossos parentes, imagina com seres que dificilmente nos comunicam? Acontece que a doença de Alzheimer (DA) acomete cerca de 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). E o esperado é que esse número triplique até 2050. O que você não sabe, no entanto, é que isso pode afetar nossos pets! Por isso, o GPS|Lifetime trouxe a médica veterinária ‎Julianna Gomes para falar um pouco sobre o assunto.

>“[Nos pets, essa doença tem outro nome] Esta patologia é também conhecida como Síndrome da Disfunção Cognitiva .Na base da evolução da doença está presente o estresse oxidativo e inflamatório, fatores genéticos, metabólicos, como obesidade e sobrepeso e nutricionais, como a ingestão de alimentos que possuem metais pesados, podendo assim predispor o desenvolvimento da Síndrome, que conta com lesões cerebrais e consequentemente processos degenerativos”, explica a médica veterinária Julianna Gomes. “Sendo assim o Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa com sinais de alteração mental e demência, associada a distúrbios comportamentais progressivos e crônicos. Esses sinais podem ser semelhantes aos que acontecem em pessoas com Alzheimer e por isso o tornaram o nome popular”, completa.

A síndrome se caracteriza principalmente por um conjunto de sinais clínicos, e disfunções cognitivas, além de acometer principalmente cães e gatos em idade avançada — nos pets domésticos tem, portanto, o nome de Síndrome da Disfunção Cognitiva. “Cerca de 60% dos cães com 11 anos de idade já apresentam sinais. Os gatos são acometidos mais tardiamente”, revela Gomes.

Saiba como identificar os sinais precocemente!

Seu bichinho começou a fazer xixi ou cocô fora do lugar de costume? Esse pode ser um dos sinais para você o levar para um check up no veterinário. Além disso, outros sintomas, como a dificuldade de ultrapassar obstáculos, ficar preso nos cantinhos da casa onde mora, não lembrar onde está o potinho de água e/ou comida, e não interagir com os membros da família, também são sinais de alerta. “Com a progressão da patologia podem apresentar insônia, vocalização e agressividade”, afirma Julianna Gomes ao GPS|Lifetime.

Diagnóstico

Apesar de tantos sinais de comportamento e cognição dos bichinhos em casa, nem sempre fechar um laudo é fácil: os sinais clínicos costumam ser bastante inespecíficos e podem ser confundidos com outras doenças.

>“Caso note qualquer alteração no comportamento do pet, deve levá-lo ao veterinário. O exame neurológico deste pacientinho é normal e o diagnóstico deve ser feito por meio de reconhecimento das alterações comportamentais e exclusão de outras doenças. Na ocasião da consulta, além de perguntar sobre o histórico do pet, o profissional irá realizar diversos exames físicos e solicitar exames complementares. Doenças como tumores cerebrais, hipotireoidismo, encefalopatia hepática, cardiopatias e doenças articulares serão descartadas e aí sim podemos concluir que o animalzinho está de fato com Alzheimer”, esclarece a médica veterinária Julianna Gomes.

A síndrome não possui cura, e tende a ser progressiva mas, com ajuda do tutor, ela pode ser apaziguada através de alguns processos. Veja as dicas para retardar o aparecimento da doença, fornecidos por Gomes:

Atividade física regular: relembrar movimentos motores, comportamentais e estimular a atividade cerebral ajuda na melhora dos sintomas e qualidade de vida
Enriquecimento ambiental: interagir com o ambiente auxilia no estímulo neurológico do bichinho
Dieta: tem impacto direto no desenvolvimento e progressão do declínio cognitivo em animais. Evite oferecer farinhas, açúcar, excesso de frutas, glúten, gordura trans, embutidos, milho, e trigo. Dê preferência para uma dieta natural.

>“Dê preferência para uma dieta mais natural, incluindo alimentos que contém antioxidantes e vitaminas como cenoura, brócolis, espinafre, batata doce a alguns tipos de peixes, ou no mínimo rações sem grãos, com menos conservantes químicos. Recomendo a adição de suplementos antioxidantes na dieta dos pets, que podem trazer bons resultados na memória, aprendizagem e imunidade, probióticos, triglicerídeos de cadeia média como o óleo de coco e óleo de semente da palma, vitaminas do complexo B, vitamina D, e antioxidantes como as vitaminas C e E”, revela. “Um dos grandes fenômenos atuais para esse tipo de tratamento é o uso do óleo de Cannabis, ele atua em um sistema do corpo chamado Sistema Endocanabinóide, que quando ativado regula e traz equilíbrio a todo o organismo, incluindo o sistema neurológico, reduzindo assim os sinais clínicos de forma bastante eficiente, procure um médico veterinário habilitado para saber mais sobre esse tipo de tratamento”, conclui.

Redação GPS

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