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Silêncio de Mauro Cid irrita parlamentares da CPI da Câmara Legislativa do DF

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, permaneceu em silêncio durante a CPI dos atos antidemocráticos na Câmara Legislativa do DF na tarde desta quinta-feira (24). Cid repetiu a postura adotada quando foi convocado à CPMI do Congresso Nacional, respaldado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Cid, no entanto, leu um comunicado no início da oitiva, para esclarecer as funções que exerceu durante o mandato de Bolsonaro. Em sua declaração inicial, o ex-ajudante de ordens disse que era apenas um secretário e que uma de suas funções era “recebimento de presentes”.

 

“Na prática, a função do ajudante de ordens consistia basicamente em um serviço de secretariado executivo do ex-presidente. Tendo como exemplo a execução das seguintes tarefas: execução da agenda, recepção e encaminhamento de pessoas ou autoridades para as reuniões, atendimento de ligações e recebimento de correspondências, impressão de documentos, recebimento e entrega de presentes e auxiliar nas atividades particulares do ex-presidente, como almoços, viagens e finanças pessoais”, declarou Mauro Cid.

 

A postura adotada por Cid irritou os parlamentares, que não tiveram seus questionamentos respondidos. O deputado distrital Fábio Felix (PSol-DF) demonstrou sua insatisfação com a postura do militar, destacando a importância da CPI.

 

“Isso aqui não é brincadeira. Isso aqui é uma Comissão Parlamentar de Inquérito de uma tentativa de golpe de estado…  É bom lembrar a gravidade dos crimes que o senhor é acusado: o crime de abolição violeta do estado democrático de direito pode render oito anos na cadeia e o crime de golpe de estado até 12 anos na cadeia são até 20 anos de cadeia que o senhor pode ser condenado apenas pela articulação para o golpe”, declarou o distrital.

 

O ex-ajudante de ordens está preso, desde maio deste ano, por adulteraçõesno cartão de vacina de Bolsonaro e de familiares do ex-presidente. Recentemente, também passou a ser investigado pelo suposto envolvimento no caso das joias dadas ao Brasil, mas revendidas ilegalmente no exterior.

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