Em celebração ao Dia Mundial da Diversidade Cultural, artistas de renome nacional como Maria Gadú, Ana Castela, Diogo Nogueira, Bell Marques e Frejat se apresentaram gratuitamente, nesta quarta-feira (21), para milhares de pessoas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O evento, inédito em proporção e significado, também contou com palestras, exposições, oficinas e atividades de inclusão.
A programação foi uma parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF), que reuniu atividades e atrações durante todo o dia, finalizando com a sequência de apresentações dos cantores no centro das decisões da capital.
O secretário de Cultura, Claudio Abrantes, destacou o caráter simbólico da iniciativa e o ineditismo da ocupação.
“Embora seja uma data criada pela Unesco há muito tempo, é a primeira vez que a gente vê uma capital se apropriar dessa data, de fazer um grande evento para celebrar diversidade cultural. E eu acho muito oportuno porque não há cidade no Brasil mais diversa do que Brasília”, afirmou.
Para Abrantes, o evento foi mais do que uma celebração: foi uma retomada simbólica de um espaço marcado por conflitos. “Talvez vocês da imprensa possam buscar esse registro, de uma ocupação tão grande na Praça dos Três Poderes com um evento cultural. Isso é inovador, é diferente. E, acima de tudo, é muito importante para nós, brasileiros, porque resgatamos um espaço que, nos últimos tempos, poderia ter sido associado a ódio, a raiva. Hoje, temos certeza de que a Praça dos Três Poderes vai virar sinônimo de alegria, diversidade e segurança. Mais do que nunca, a Praça dos Três Poderes é do povo, do povo de Brasília e do povo do Brasil”, finalizou Abrantes.

Secretário Claudio Abrantes | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília
A ressignificação da praça como um espaço de convivência e cultura também foi destacada pelo deputado distrital Fábio Felix (PSol), presente no evento.
“Um show na Praça dos Três Poderes… faz muitos anos que a gente não via, por causa da polarização política. E no Dia Internacional da Diversidade Cultural, é muito importante a gente começar a ocupar a Praça dos Três Poderes, que tem que ser um espaço também da cultura, não um espaço da destruição. Então, acho que isso é muito importante. É uma praça da cidade e que tem que ser valorizada. Eu estou feliz de estar aqui hoje”, afirmou.
O secretário reforçou ainda a importância do investimento público no fomento cultural. “É um investimento. O que aplicamos aqui retorna para os cofres do GDF em forma de movimentação da economia local, hotelaria, estrutura, empregos diretos e indiretos, publicidade. Brasília, cada vez mais, se consolida como grande centro de eventos do país”, pontuou.
Com participação da Secretaria de Relações Internacionais e da Casa Civil do DF, o evento também contou com apoio de diversas embaixadas, que trouxeram apresentações típicas de seus países.
“O que vimos aqui hoje foi a convivência pacífica de culturas, com a praça lotada e vibrando com essa grande festa”, comentou o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto.
Além dos shows musicais, o público pôde acompanhar uma série de atividades ao longo do dia, como oficinas, rodas de conversa, mediações artísticas e palestras. Uma das atrações foi o presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé, que falou no Salão de Exposição Cultural. O evento ainda ofereceu espaço para o Boi de Seu Teodoro, batalhas de rimas, exposições de artesanato local e opções gastronômicas variadas.
O acesso ao evento foi controlado por meio da plataforma Sympla, com ingressos limitados a um por CPF, garantindo segurança e conforto ao público. A Polícia Militar do DF e equipes de segurança privada atuaram na revista, e o local também contou com área reservada para pessoas com deficiência (PCDs).
* Com Caio Barbieri, Juliê Dutra e Vanessa Castro, da equipe do GPS|Brasília