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Show da despedida: Milton Nascimento chora, canta com amigos e homenageia Gal

![Último show de Milton Nascimento em Belo Horizonte (MG) /Foto: Perfil do artista/Instagram](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/2970991106993442493735_cc8a601c07.jpg)

Visivelmente **emocionado, Milton Nascimento dedicou sua última apresentação nos palcos à cantora Gal Costa**, que morreu no último dia 9 de novembro. No **domingo, 13**, no **estádio do Mineirão lotado** – a produção divulgou um público de **60 mil pessoas** – Bituca colocou um **ponto final** em suas apresentações ao vivo, depois de uma carreira de seis décadas.

O ato derradeiro de **_A Última Sessão de Música_**, a turnê que percorreu cidades do Brasil, Estados Unidos e Europa durante todo este ano, reuniu os principais sucessos da longa discografia do cantor e compositor carioca/mineiro. Estiveram no roteiro canções como _Morro Velho, Travessia, Encontros e Despedidas, Cais, Coração de Estudante, Cálix Bento, Tudo O que Você Podia Ser e Canção da América_.

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No meio da **apresentação que durou mais de duas horas**, Milton chamou ao palco companheiros de tempos de **Clube da Esquina** – neste ano, o volume um do Clube, de 1972, foi eleito o melhor disco da música brasileira por um júri convidado pelo projeto Discoteca Básica.

Os músicos **Wagner Tiso, Lô Borges, Beto Guedes e Toninho Horta** dividiram com Bituca as músicas Para Lennon e McCartney e Um Girassol da Cor de Seu Cabelo. Ausências sentidas, entre os convidados, foram Joyce Moreno e Alaíde Costa, duas vozes femininas que têm histórias marcantes com o Clube da Esquina e, sobretudo, com Milton.

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Outro convidado de Bituca foi **Samuel Rosa. Juntos, eles relembraram mais uma do Clube, _Trem Azul_, composição assinada por Lô Borges e **Ronaldo Bastos**, este último **letrista importante dentro da obra de Milton**, assim como **Fernando Brant** (1946/2015). Para o último, Bituca soltou um caloroso **”_Eu te amo!_”**

A última apresentação de Milton, **transmitida ao vivo pelo Globoplay**, encerrou uma semana difícil e de muita emoção para os fãs de música brasileira.

Isso porque a saída definitiva de cena de **Gal Costa**, aos 77 anos, e o afastamento de Milton dos palcos, aos 80 anos – **o artista promete não deixar de compor e nem de cantar**, mas as marcas do tempo já se tornam evidentes em seu corpo físico – colocam em marcha uma mudança de cenário inédita no que se convencionou chamar de **MPB** – a música popular brasileira.

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**A MPB e as novas gerações**

A **geração pós-bossa nova**, da qual Gal e Milton fazem parte, **não está acostumada às despedidas**. As últimas que causaram impacto foram de **Elis Regina (1982) e Clara Nunes (1983)**. Já se passaram 40 anos. **Elza Soares**, morta em 2021, foi conectada injusta e tardiamente como referência para a geração atual.

Milton e Gal, assim como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Edu Lobo, Nana e Dori Caymmi, Ney Matogrosso e tantos outros têm **carreiras mais longevas que a geração do rádio ou da própria bossa**.

Dalva de Oliveira e Angela Maria, divas que influenciaram Gal, Bethânia, Elis e até Milton, não ressoam diretamente na geração atual. Gal e Milton ficarão por **muito tempo na cabeça dos futuros músicos e cantores**.

No último show de Milton, o jovem **Zé Ibarra**, um dos vocalistas da banda **Bala Desejo**, é um dos seus **discípulos**. Ele esteve presente na maioria dos shows de Milton como músico e vocal de apoio. Ibarra e seu grupo também se espelham claramente em Gal, Gil, Caetano e Bethânia.

**No velório de Gal**, o cantor e compositor **Silva**, gravado pela baiana no disco A Pele do Futuro (2018), **rendia homenagem** a uma de suas influências musicais. **Maria Gadu**, que gravou vocais em Cuidando de Longe, canção lançada por Gal também em 2018, **sabia do caminho que a cantora baiana abriu** para que sua geração pudesse se mostrar livre e inteiramente.

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No Mineirão, o **público e a equipe de Milton** colocaram em prática o mantra das redes sociais: **ninguém solta a mão de ninguém**. Na despedida de Gal, faltou isso, sobretudo de seus pares da classe artística.

As histórias musicais de Gal e Milton se cruzaram tardiamente, em 1978, quando a cantora gravou Paula e Bebeto, parceria de Bituca e Caetano Veloso. Era a primeira vez que ela gravava Milton, depois de mais de dez anos de carreira. **A música é uma celebração ao amor**. “_Eles partiram por outros assuntos, muitos/ Mas no meu canto estarão sempre juntos, muito_”, diz a letra. A mais pura tradução deste momento.

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