Redação GPS Fogos de artifícios, músicas altas, trânsitos com buzinas e todos os ruídos fora da rotina, podem incomodar e ter _efeitos negativos_ nos animais de estimação. Tudo é mais sensível para os cães, enquanto nós, humanos, ouvimos entre os entre 16 e 20 mil Hz, os cachorros são capazes de detectar sons entre 10 e 45 mil Hz, um espectro bem maior. Portanto, para os cachorros, sons comuns se tornam um barulho muito forte e ensurdecedor.
A queima de fogos na virada do ano é um verdadeiro **bombardeio** para eles. Alguns tentam fugir de casa, outros procuram um lugar para esconder, e há aqueles que ficam agressivos. Mas não são apenas os cães que sofrem com os rojões. Os gatos também têm medo do barulho, porque são animais que gostam da rotina e tranquilidade. O som fora do habitual provocado pelos fogos de artifício faz com que os felinos fiquem transtornados e tenham reações ruins.
Existem algumas medidas que podem ser tomadas pelos tutores para **minimizar o sofrimento** dos pets por causa da queima de fogos. É claro que cada animal reage de um jeito ao barulho, por isso é importante não ignorar os sinais que ele apresenta quando está com medo.
O pavor que cães e gatos sentem, muitas vezes tem a ver com traumas já vividos por eles. Sinais como: aumento de frequência cardíaca, de movimentos respiratórios e de pressão arterial, que podem ser acompanhados por salivação excessiva, tremores e até mesmo comprometimento da função cardiorrespiratória, podem ser fatais
A veterinária Camila Fernandes explicou que tudo que não é apresentado ao bichinho pode gerar uma memória afetiva negativa ao animal. _“A intensidade de apresentação desse estímulo — no caso, o sonoro — agrava a situação, uma vez que a audição dos cães e gatos é extremamente potente, o que intensifica ainda mais o desconforto. Durante o momento de queima de fogos, vale tentar distrair o animal, seja com brincadeiras, comida ou massagem, por exemplo”._
Fones de ouvido para cães ou mesmo chumaços de algodão também são bem-vindos para ajudar na **redução do ruído**, mas somente se o animal já estiver acostumado com eles. Segundo a veterinária, caso o animal receba bem o acessório, pode funcionar e protegê-lo mais efetivamente.
Uma saída mais radical é optar pelo uso de calmantes para cachorro com medo de fogos, desde que sob orientação de um médico-veterinário especialista em comportamento. Porém, Camila indica medicações mais naturais. _“Assim, reduz-se a chance do tutor ser orientado a usar medicações com efeitos sedativos, que podem aumentar os riscos de óbito. Os homeopáticos e os feromônios são sempre bem-vindos”_, diz Camila.
Caso seja imprescindível sair de casa, leve o cachorro consigo junto aos seus brinquedos e caminha — jamais o deixe sozinho durante o momento estressante.
Além dessas dicas, você pode ligar o ventilador ou outro aparelho que faça algum ruído que disfarce o barulho, colocar uma música calma, criar um refúgio confortável para que o animal possa se esconder e se sentir seguro, colocar água, comida e o brinquedo favorito perto do seu pet para que ele fique mais confortável, fazer uma massagem para distrair a atenção dos barulhos que vêm de fora. São algumas das ações que podem ajudar. Talvez assim ele se sinta mais acolhido e amparado.
As confraternizações são escolhidas por nós, porém os animais não entendem o que está acontecendo e necessitam de todo apoio e carinho nesse momento. Proteja seu animalzinho, ele precisa de você. Boas festas de fim de ano!
_Fotos: Unsplash_
