GPS Brasília comscore

Senador quer incluir Lula no inquérito das fake news por “caso Moro”

Presidente afirmou que plano passa assassinar Sérgio Moro era uma "armação" do próprio juiz. Fala está na mira de Rogério Marinho
Rogério Marinho disse que a fala revela "traços de senilidade".
Rogério Marinho disse que a fala revela "traços de senilidade". Foto: Tania Rêgo/Agência Brasil

Compartilhe:

O senador Rogério Marinho (PL-RN) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja incluído como investigado no inquérito das fake news.

 

A representação tem como base a declaração de Lula sobre o plano articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o senador Sérgio Moro (União-PR). O presidente afirmou desconfiar de uma “armação”.

 

Quero ser cauteloso. Vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro. Eu vou pesquisar e saber o ‘porquê’ da sentença. Até porque fiquei sabendo que a juíza (Gabriela Hardt, da 9.ª Vara Federal de Curitiba) não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele“, disse Lula.

 

Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação e, se for mais uma armação, ele (Moro) vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei mais o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo como está mentindo. Mas o Moro não é minha preocupação“, acrescentou.

 

Marinho afirma que o presidente usou o cargo para espalhar informações falsas e desacreditar a investigação da Polícia Federal (PF). “Questionar o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal, pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, sem qualquer embasamento e a partir de notícias sabidamente falsas, é atentar contra as instituições republicanas. O direito à liberdade de expressão do Presidente da República não é absoluto“, argumenta o senador.

 

Na véspera da operação que prendeu nove suspeitos de envolvimento no plano de sequestro, Lula relembrou em uma entrevista o tempo que passou preso em Curitiba, por ordem de Sérgio Moro, que na época era juiz da Operação Lava Jato, e admitiu que pensava em vingança: “Só vou ficar bem quando f* com o Moro“.