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Termina a votação no Senado e começa a apuração do novo presidente

Davi Alcolumbre (União-AP) agora tem como adversários apenas os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE)

A eleição para presidente do Senado terminou há poucos instantes. Agora começa a apuração dos votos para saber quem vai presidir o Senado, em sucessão a Rodrigo Pacheco (PSD-MG): o favorito Davi Alcolumbre (União-AP) ou os azarões Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP).

A votação foi feita em cédulas de papel, rubricadas pela presidência do Senado. Os parlamentares escolheram seu candidato e depositaram a cédula na urna. Em seguida, assinaram uma lista de votação. Para ser eleito, o candidato precisa reunir no mínimo 41 votos, de 81 senadores.

Alcolumbre é o franco favorito a ser eleito para a presidência do Senado nos próximos dois anos. A se confirmar o resultado, será a segunda vez que o senador ocupará o cargo – ele foi presidente da Casa de 2019 a 2021, no início do governo de Jair Bolsonaro. Antes da votação, dois dos cinco candidatos desistiram: os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) anunciaram suas renúncias.

A senadora sul-matogrossense disse que sua renúncia era “uma estratégia” e “um ato de coragem”. Ela pediu a Davi Alcolumbre (União-AP), favorito a vencer a disputa, um compromisso com as pautas da bancada feminina. E defendeu uma maior aproximação com a população brasileira.

Soraya Thronicke cobrou maior representatividade feminina nas mesas legislativas do País, ao lembrar que nunca uma mulher presidiu o Senado ou a Câmara dos Deputados, e enfatizou a presença da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) na Mesa Diretora, a primeira mulher a ocupar a Primeira-Secretaria da Casa.

Ao retirar sua candidatura, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) aproveitou para criticar dois pontos: liberdade de expressão e independência do Congresso Nacional. Ele se disse alvo de censura por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e acusou a Mesa atual de conivência com aquela corte.

Do Val afirmou que defende a democracia, mas que foi submetido a medidas inconstitucionais que ferem direitos garantidos pela Constituição, com redes sociais bloqueadas, salários embargados, suspensão de passaporte diplomático e multas.

Opositores ofuscados
O favoritismo de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado ofuscou ainda seus outros adversários presentes no plenário. Apesar de ter protocolado sua candidatura nos últimos minutos, ele é tratado como sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) há meses.

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), que insistiu em manter sua candidatura à revelia do partido, passou por uma saia-justa durante a reunião preparatória antes da votação. Isolado no fundo do plenário, foi alvo de risos ao ser criticado pelo líder da bancada, Carlos Portinho (PL-RJ), durante fala no púlpito.

“Queria mandar um recado ao senador Marcos Pontes. Ninguém vai à lua sozinho. É preciso agregar”, disse Portinho, fazendo trocadilho com o fato de Pontes ser astronauta. Ele pediu que o colega respeitasse a articulação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro por apoio a Alcolumbre.

Eduardo Girão (Novo-CE) também teve pouca movimentação em torno de si. Ele prometeu restaurar a imagem do Senado, que, segundo ele, “está péssima”. Segundo o parlamentar, o desgaste na reputação da Casa ocorre porque a instituição “se acovarda” diante de decisões tomadas pelo STF no âmbito do inquérito das fake news. E disse que, caso eleito, vai dar andamento a pedidos de impeachment contra ministros da Corte.

“De 2019 para cá, o Senado só se afundou. Nossa imagem está péssima. Nosso grande problema foi não ter enfrentado o reequilíbrio entre os Poderes, que foi perdido. A censura voltou ao Brasil depois da redemocratização, e o Senado ficou assistindo à censura. A Constituição é rasgada dia sim, dia não aqui do nosso lado, e este Senado se acovarda. Todos nós somos responsáveis pela derrocada desta Casa”, afirmou. (Com Agência Senado e Estadão Conteúdo)

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