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Secretaria de Saúde instala catracas para controlar servidores, diz MP

Segundo Ministério Público do DF, informação foi dada pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, durante reunião com promotores

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Durante uma reunião com integrantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), realizada nesta quinta-feira (16), a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, comunicou que o ponto eletrônico passará a ser obrigatório para profissionais vinculados à pasta distrital

 

A informação foi divulgada pelo órgão de controle local (acesse aqui), em comunicado publicado na página oficial.

 

Conforme a gestora sinalizou aos promotores, os equipamentos incluindo catracas estariam sendo instalados para o controle dos servidores da pasta.

 

Veja o print do trecho divulgado pelo MP:

Texto publicado pelo MPDFT sobre o encontro com a Secretaria de Saúde. Foto: Reprodução/MPDFT

 

Anestesistas

No mesmo encontro, Florêncio pontuou, de acordo com o MP, que o déficit de médicos anestesistas continua sendo um dos maiores motivos para o crescimento da longa fila de cirurgias eletivas – aquelas que não são de tanta urgência, mas que precisam ser realizadas. 

 

Aos integrantes do órgão oficial, Lucilene Florêncio teria informado que, dos 38 especialistas da área contratados recentemente, pelo menos três deles já pediram as contas da rede pública distrital. 

 

Em alerta sobre a situação, os promotores pediram um novo encontro com a gestora para tratar do tema. A solução, conforme a secretária teria sugerido, seria a assinatura de um convênio com cooperativas, sem que os especialistas tenham vínculo oficial com a rede.

 

Transparência

No texto publicado, o Ministério Público também defendeu maior transparência da Secretaria de Saúde para o acesso dos pacientes à informação sobre a longa fila de espera para a realização dos procedimentos eletivos. 

 

“É importante que a atualização de dados seja feita em diversos canais, físicos e virtuais, para aumentar as possibilidades ao cidadão nas mais diversas condições sociais”, argumentou a promotora Hiza Carpina.

 

Outro problema recorrente da pasta, e que tem colocado o MP em alerta sobre a demora das cirurgias eletivas, seria, segundo disse Florêncio ao MP, o não comparecimento dos pacientes no dia marcado previamente para a realização do procedimento. 

 

De acordo com o MP, a secretária afirmou que estaria em discussão a elaboração de um projeto de lei para obrigar quem aguarda o chamado da pasta a atualizar o endereço oficial e o contato direto mais fácil, antes da realização da cirurgia. 

 

Aos promotores, a secretária disse acreditar que a medida poderia auxiliar na redução da falha de comunicação entre o governo e os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), já que o trabalho realizado pelos agentes comunitários não seria suficiente para encontrar pessoas que têm exames e cirurgias marcadas, conforme pontuou às autoridades de fiscalização.

 

Recentemente, a então governadora em exercício, Celina Leão (PP), convocou um mutirão e conseguiu com os deputados distritais o valor de R$ 24 milhões em emendas parlamentares para acelerar a realização desses procedimentos. Outros R$ 10 milhões seriam enviados após parceria com o governo federal. 

Você pode acessar as informações divulgadas pelo MPDFT aqui.

 

A assessoria da Secretaria de Saúde foi acionada, mas a reportagem não recebeu retorno algum da equipe de comunicação do órgão.  O espaço seguirá aberto para a manifestação da pasta.

 

Caso prefira o print da matéria, leia abaixo:

 

Cópia da matéria divulgada pelo MPDFT, nesta quinta (16). Foto: Reprodução/MP