A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde (MS), iniciou uma nova tática para garantir a vacinação dos mais jovens. O Monitoramento Rápido de Vacinação (MRV) foi lançado com o intuito de avaliar o estado vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos. O programa visa identificar lacunas na cobertura vacinal e traçar estratégias para melhorar o acesso às vacinas.
“Temos o propósito de verificar a efetividade da recente Campanha de Multivacinação. Vamos às ruas, entrevistamos a comunidade para entender as razões por trás da não vacinação. Com base nessas respostas, ajustaremos nossas estratégias”, explica Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio do DF.
O MRV utiliza métodos estatísticos e envolve 14 unidades básicas de saúde (UBSs), distribuídas em 15 microáreas no Distrito Federal. Equipes estão realizando visitas domiciliares para verificar os registros vacinais de toda a família, permitindo identificar grupos de pessoas que ainda não foram vacinadas.
Cada equipe procura 20 crianças em endereços diferentes na área de monitoramento. Se encontrarem duas crianças não vacinadas, a estratégia muda para a vacinação casa a casa. Todas as vacinas do calendário estão disponíveis, exceto a BCG, que segue um agendamento específico nas UBSs.
Em uma dessas visitas, na região de São Sebastião, a equipe identificou rapidamente dois lares com crianças não vacinadas. Esse contato direto com a população é fundamental para ampliar a cobertura vacinal e esclarecer dúvidas.
Edivânia Alves, residente na região, expressou satisfação com a visita inesperada: “Não esperava atendimento em casa, mas ansiei por isso. Estou bastante satisfeita por termos esse cuidado e atenção da Saúde”.
Outra moradora, Carolina Pereira (foto em destaque), ressaltou a facilidade de ter a vacinação em casa. “Tenho crianças e nem sempre consigo ir ao posto de saúde. Vindo aqui é bem melhor e facilita nossa vida”.
Flávia Rodrigues, enfermeira da UBS 1 de São Sebastião, enfatizou que as áreas mais vulneráveis costumam ter atrasos na caderneta de vacinação, sendo o MRV crucial para alcançar esses grupos.
A estratégia do MRV não apenas garante a imunização das crianças, mas também oferece a oportunidade de conscientização e atendimento direto, tornando a vacinação mais acessível para as famílias que enfrentam dificuldades para acessar os serviços de saúde.