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Saúde da Mulher: saiba em quais casos a reposição hormonal é recomendada

Seja o calor excessivo, a insônia ou a irritação: toda mulher sabe quais são os sintomas mais comuns da menopausa. Com o objetivo de amenizar parte dessas reações e trazer melhor qualidade de vida às pacientes, o tratamento de reposição hormonal restitui os principais hormônios causadores do climatério. A medida, porém, não é recomendada para todas as mulheres.

Todos os óvulos que uma mulher produzirá ao longo da vida têm a origem nos folículos dos ovários já presentes no momento em que nasce. A reserva é utilizada desde a primeira menstruação e continua até a última, não sendo reposta. Quando morrem os últimos folículos, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios estrogênio e progesterona caem irreversivelmente.

“Quando a mulher começa a ter uma irregularidade menstrual, alguma queixa de ondas de calor ou alterações de humor, geralmente, é nessa fase que começamos a pensar em uma reposição hormonal”, explica a ginecologista Viviane Leite Oliveira, da Policlínica 3 de Taguatinga.

Os sintomas mais comuns de climatério incluem ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono, transtornos de humor e falta de libido. E, mesmo com a ausência de sintomas visíveis, pode ocorrer um aumento do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e cânceres específicos. A reposição hormonal vem como alternativa médica para amenizar estes sintomas. “Além de melhorar a qualidade de vida em relação a esses sintomas, como onda de calor, melhora do sono e humor, há estudos que mostram uma proteção cardiovascular e óssea”, completa a médica.

Contraindicações

Existem, no entanto, algumas contraindicações para a reposição hormonal, que podem ser absolutas ou relativas. Mulheres com histórico de lúpus, doenças agudas hepáticas, sangramentos vaginais não esclarecidos, doenças cardiovasculares agudas e câncer de mama são casos de contraindicações absolutas.

Os casos de endometriose e miomatose uterina (tumores benignos) são incluídos nas relativas. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica”, alerta a ginecologista Patrícia Marques Cardoso, da Policlínica 3 de Taguatinga.

Para as mulheres que não desejam ou têm contraindicação para a reposição hormonal, a especialista recomenda alternativas, como fitoterápicos, hidratantes vaginais para melhora dos sintomas urogenitais e, a depender do caso clínico, antidepressivos. “Podemos fazer uso de fitoterápicos como extrato seco de amora, cimicifuga racemosa, além de orientar a prática de atividade física regular e dieta balanceada, que melhorarão a qualidade do sono, diminuirão os fogachos e atuarão na melhora da disposição física”, detalha a profissional.

Para a realização do tratamento, as mulheres passam por avaliação com anamnese criteriosa e realização de exames ginecológicos de rotina, como: colpocitologia (para detectar alterações nas células do colo do útero), mamografia, ecografia transvaginal e exames laboratoriais. Em seguida, é avaliado juntamente com a paciente as opções de tratamento hormonal ou não hormonal. Durante o primeiro ano, a paciente permanece em acompanhamento a cada seis meses e, após o período, anualmente.

Bem-estar

Garben Hellen Ferreira, 61 anos, ao sentir os primeiros sintomas do climatério, já começou a pesquisar alternativas para lidar com os efeitos que atrapalhavam o bem-estar. “Quando entrei no meu climatério, os fogachos me incomodavam muito. Às vezes, eu dormia tranquilamente, vinha o fogacho e eu não conseguia mais dormir. Também me incomodava a questão da queda da libido, da secura vaginal, da pele ressecada”, relata.

A jornalista e aposentada teve os hormônios estradiol, progesterona e testosterona repostos, desde 2017. Os efeitos do climatério começaram a se reverter, mas os cuidados continuaram. “Associei com exercícios e comecei a avaliar a minha questão alimentar. Porque, mesmo você repondo, tem toda uma preocupação sobre engordar”, explica.

Para Garben, a relação custo-benefício valeu a pena. Sem histórico de câncer na família, realizando os exercícios e após pesquisar bastante, a aposentada tenta orientar as mais próximas sobre os benefícios da reposição. “Fiz toda a relação custo-benefício e optei por fazer. Hoje, não tenho problema nenhum em aconselhar outras mulheres a procurarem a reposição hormonal, porque pouco se ensina sobre como passar por esse estágio”, conta.

Na rede pública

No momento, a rede pública de Saúde do Distrito Federal não conta com os medicamentos orais para reposição hormonal. No entanto, a mulher no climatério pode realizar exames e acompanhamento ginecológico na rede de atendimento da SES-DF, com orientações e sugestões de alternativas, por meio das policlínicas presentes em todas as regiões.

Para isso, é preciso realizar o agendamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Confira a lista completa das UBSs por meio deste link.

Da Agência Saúde-DF

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