Cadê aquele São Paulo que encerrou o tabu na Neo Química Arena ao superar o Corinthians e foi campeão da Supercopa do Brasil com uma vitória sobre o Palmeiras nos pênaltis na mesma semana? O torcedor são-paulino sentiu o gostinho da resposta com uma virada aos 48 minutos do segundo tempo. Mas o momento não é positivo. Os reservas do Red Bull Bragantino buscaram o empate por 2 x 2 no MorumBis, pelo Campeonato Paulista.
Foi o terceiro tropeço consecutivo do São Paulo, que vinha de derrotas para Ponte Preta e Santos. O resultado de igualdade pode fazer o time tricolor sair da zona de classificação do Paulistão ao final da rodada. A equipe de Thiago Carpini ainda lidera o Grupo D com 14 pontos, mas pode ser ultrapassada por Novorizontino (12) e São Bernardo (12), que enfrentam Santos e Santo André, respectivamente. Já o Bragantino está na liderança do Grupo C, com 15 pontos.
A escalação do Bragantino com jogadores considerados reservas fez o torcedor do São Paulo esfregar as mãos no MorumBis. A empolgação por um possível resultado positivo não durou muito. A equipe do técnico Thiago Carpini se mostrou desorganizada desde os primeiros minutos. Passes errados, pouca movimentação, distância entre os setores. Ferreira era o único lúcido.
O gol que definiu o placar de 1 x 0 para o Bragantino no primeiro tempo resumiu bem o que aconteceu na metade inicial da partida. Três são-paulinos foram na marcação de Henry Mosquera de maneira equivocada, abrindo um espaço gigantesco na defesa. Thiago Borbas recebeu livre e só finalizou diante de um Rafael sem reação pela facilidade fornecida pelo São Paulo.
Incrivelmente Thiago Carpini não fez qualquer modificação na equipe para o segundo tempo. O treinador confiou que podia consertar uma atuação horrorosa apenas no bate-papo. Não deu. Uma finalização ridícula de Nikão e um gol perdido pelo mesmo personagem pouco depois bastaram para o torcedor perder a paciência que restava. Michel Araújo e Erick entraram.
Peças trocadas, uma virada na base da pressão e empate novamente. O São Paulo melhorou porque não dava para pior, e, mesmo desorganizado, conseguiu saltar na frente do placar como um rolo compressor nos minutos finais. Era o retorno do time com cara de campeão. Erick foi o personagem principal no roteiro são-paulino, com gol de empate e passe para Calleri marcar a virada. Mas o Bragantino não desistiu e levou para casa um ponto importante.
SÃO PAULO 2 X 2 RED BULL BRAGANTINO
SÃO PAULO – Rafael, Bobadilla, Arboleda, Diego Costa e Welington; Pablo Maia (Alan Franco), Alisson e Luciano (Erick); Nikão (Michel Araújo), Calleri e Ferreira (Luiz Gustavo). Técnico: Thiago Carpini.
RED BULL BRAGANTINO – Lucão; Andrés Hurtado, Douglas Mendes, Realpe (Léo Ortiz) e Guilherme Lopes (Helinho); Matheus Fernandes (Jadsom), Gustavo Neves e Lincoln; Nacho, Thiago Borbas (Talisson) e Henry Mosquera (Vitinho). Técnico: Pedro Caixinha.
GOLS – Thiago Borbas, aos 7 minutos do primeiro tempo; Erick, aos 43, Calleri, aos 48, Nacho, aos 51 minutos do segundo tempo
CARTÕES AMARELOS – Pablo Maia, Diego Costa, Talisson.
CARTÕES VERMELHOS – Helinho, Arboleda.
ÁRBITRO – Vinicius Gonçalves Dias Araujo.
RENDA – R$ 2.600.939,00.
PÚBLICO – 44.756 torcedores.
LOCAL – MorumBis.