Yumi Kuwano O papa Francisco era um leitor assíduo e sempre considerou a literatura fundamental para a formação humana e espiritual. Entre os seus gêneros literários favoritos estão romance e poema.
“Encontrar um bom livro pode ser como um oásis que nos afasta de outras atividades que não nos fazem bem. A leitura pode abrir em nós novos espaços de internalização que nos impedem de nos fechar naquelas ideias obsessivas anômalas que inevitavelmente nos perseguem“, disse em carta aberta destinada aos jovens padres, publicada em 2024.
Confira as cinco das obras prediletas do papa Francisco:
A Ideia de uma Sociedade Cristã, de T.S. Eliot
O livro aborda o papel da fé cristã em temas como política e sociedade. Originado de uma palestra proferida em Cambridge, em março de 1939, o trabalho de Eliot defende que a cultura deveria moldar uma sociedade cristã, cujos valores possam ir além da comunidade religiosa e se refletir também em áreas como a política e o bem comum.
Para o lado de Swann – Em busca do Tempo Perdido, vol. 1, de Marcel Proust
Publicado em 1913, esse é o primeiro volume da famosa série de sete livros de Proust, À Procura do Tempo Perdido, uma obra-prima da literatura que explora temas como o tempo, a arte, o amor e a existência. O romance é conhecido pelo episódio das madalenas, em que o narrador, ao provar um bolinho, é tomado por uma sensação de felicidade e rememora memórias há muito esquecidas.
Borges Oral & Sete Noites, de Jorge Luis Borges
Nos últimos anos de sua vida, já cego, Borges se dedicou a dar conferências recheadas de ironia, humildade e sabedoria. Em Borges Oral (1979) e Sete Noites (1980), ele aborda temas como o tempo, a poesia e a imortalidade, fazendo referências a figuras históricas como Sócrates, Pitágoras, Cristo e Buda, além de contemporâneos como Macedonio Fernández.
Um Experimento em Crítica Literária, de C.S. Lewis
Publicado em 1961, o livro de Lewis apresenta uma reflexão sobre a crítica literária, propondo um novo modelo centrado nas impressões do leitor. Para ele, a literatura existe para o prazer do público e os livros devem ser avaliados pelo tipo de leitura que inspiram.
O Tempo Reencontrado – Em Busca do Tempo Perdido, vol. 7, de Marcel Proust
Outro título de Proust é o último volume da série, publicado em 1927, também fazia parte das preferências de leitura do Papa Francisco. Neste livro, Proust explora a sociedade parisiense durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), momento crítico para a Europa, e mescla realidade e imaginação para refletir sobre como a memória recria o passado.
