A safra agrícola deste ano deve estabelecer um recorde de 333,3 milhões de toneladas, mais 40,6 milhões de toneladas que a de 2024, aumento de 13,9%. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho. Em relação a maio, a estimativa indica alta de 0,2%, com 698,6 mil toneladas a mais.
A área a ser colhida é de 81,2 milhões de hectares, crescimento de 2,7% frente à área colhida em 2024, com aumento de 2,1 milhões de hectares. Arroz, milho e soja, os três principais produtos, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e 88% da área a ser colhida. O País deve colher, na safra deste ano, mais soja, milho, algodão, sorgo, trigo, arroz e feijão. Se confirmadas as projeções, a colheita será recorde para a soja e para o algodão. .
O aumento esperado para a safra de soja é de 13,9%, para 165,1 milhões de toneladas. Já em relação ao milho, a estimativa é de crescimento de 14,6%, para 131,4 milhões de toneladas. Feijão (4,2%, para 3,2 milhões de toneladas), algodão (5,3%, recorde de 9,3 milhões de toneladas), sorgo (9%, para 4,3 milhões de toneladas) e trigo (5,9%, para 8,0 milhões de toneladas) também terão acréscimos.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste (17,5%), Norte (15,2%) e Sudeste (14,7%). No Nordeste (9,2%) e Sul (8,2%), o crescimento fica abaixo dos 10%. Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,5%, seguido pelo Paraná (13,6%), Goiás (11,6%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,5% do total.