O ministro do Turismo, Celso Sabino, avisou nesta sexta-feira (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pedirá demissão do governo. A saída dele da pasta ocorre após o União Brasil, partido ao qual é filiado, determinar que seus correligionários entreguem os cargos ocupados no Executivo.
Durante a tarde, Sabino esteve reunido com Lula no Palácio da Alvorada para comunicar sua decisão. Na ocasião, externou ao presidente o desejo de participar dos últimos compromissos oficiais no comando da pasta antes de oficializar a demissão, prevista para ocorrer após o retorno do petista da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Com a demissão do ministério, Sabino volta a exercer o mandato de deputado federal na Câmara. O futuro ex-ministro de Lula tentou negociar com a cúpula do União Brasil para adiar sua saída do cargo, mas não teve sucesso. Ele desejava permanecer na pasta ao menos até a COP30, em Belém, no Pará — estado que representa no Legislativo.
Ultimato
O União Brasil divulgou, nesta quinta-feira (18), uma nota em que estabelece o prazo de 24 horas para que seus filiados deixem os cargos em comissão que ocupam no governo federal. O partido também foi responsável pela indicação dos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), filiado ao PDT, e Juscelino Filho (Comunicações).
No comunicado, a direção nacional do União Brasil afirma que a decisão de descumprir a resolução será enquadrado como “infidelidade partidária”, podendo acarretar em punições internas, incluindo a expulsão da legenda.
“Esse posicionamento foi unanimemente reforçado hoje, com a aprovação da resolução que obriga os filiados do União Brasil a se desligarem, em até 24 horas, de cargos públicos de livre nomeação na Administração Pública Federal, direta ou indireta, sob pena de prática de infidelidade partidária”, afirma a nota.