Durante participação no programa Roda Viva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo federal espera uma queda na taxa de juros no segundo semestre de 2025, embasada na melhora dos principais indicadores econômicos. Segundo ele, a queda do dólar e o recuo da inflação, inclusive a de alimentos, fortalecem a expectativa de uma redução, o que beneficiaria a economia como um todo.
“Há a expectativa nossa, e há de se materializar, por todos os indicadores econômicos, que haverá um declínio neste segundo semestre, dado a robusta melhoria de todos os indicadores. O dólar está caindo, a inflação está caindo de forma acelerada. Inclusive a inflação de alimentos está em queda”, afirmou Costa.
Costa destacou ainda que o presidente Lula mantém o compromisso com o equilíbrio fiscal, conciliando responsabilidade nas contas públicas com políticas de inclusão social e desenvolvimento.
O ministro também abordou o cenário fiscal herdado da gestão anterior, que, segundo ele, deixou um “rombo gigantesco”, incluindo o não pagamento de R$ 93 bilhões em precatórios no ano de 2022. Rui Costa explicou que o atual governo teve que arcar com essa responsabilidade, reorganizando as finanças públicas e cumprindo as metas fiscais de 2023 e 2024. Apesar dos juros altos definidos pelo Copom, o ministro reforçou que o cenário tende a melhorar, dado o conjunto favorável dos indicadores econômicos.
IOF
Além da questão econômica, Rui Costa comentou sobre a recente crise política envolvendo o Centrão, após a derrubada de um decreto presidencial relacionado ao IOF. O ministro classificou o episódio como uma “traição” de partidos que fazem parte da base aliada, como PP, União Brasil, MDB e PSD, e defendeu que o presidente Lula discuta a relação com essas siglas.
Ele afirmou que houve acordos prévios sobre o tema que foram descumpridos, evidenciando a necessidade de repaginar a articulação política do governo com o Congresso.
Por fim, Rui Costa anunciou que o governo deve publicar uma medida provisória nos próximos dias para lidar com os impactos do marco legal das eólicas offshore, cujos vetos foram derrubados pelo Congresso. Segundo ele, a iniciativa busca proteger as camadas mais vulneráveis da população, evitando aumentos na conta de luz. A medida é vista como uma resposta do governo à pressão legislativa, mas com o foco em manter o equilíbrio social e econômico nas decisões estruturais do País.