O ministro Rui Costa, da Casa Civil, atacou o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), enquanto rebatia às criticas durante a tarde desta sexta-feira (7). As reclamações feitas sobre o governo Lula são motivadas pela alta inflação no preço dos alimentos. O ministro afirmou que os preços durante a gestão de Bolsonaro eram ainda maiores.
“O que eles esquecem de dizer são duas coisas: primeiro, se você comparar a inflação de alimentos dos dois anos do governo Lula, ela é infinitamente menor do que nos quatro anos do governo Bolsonaro. Ou seja, se comparar, não fica de pé esse argumento, porque os preços em 2023 caíram”, argumentou o chefe da pasta à Rádio Metropole, da Bahia.
Segundo Rui Costa, houve baixa no preço da carne em 2023, e por isso os produtores abateram as fêmeas, o que provoca a redução do rebanho e, consequentemente, aumenta o preço da carne. Além disso, relacionou a alta com os eventos climáticos e também novos mercados (200 mercados internacionais), que afetaria a oferta interna.
Fora essas causas, ele ainda adicionou que as enchentes e secas recordes de 2024 impactaram diretamente no mercado de alimentos nacional.
A inflação dos alimentos em 2024 foi de 7,69%, enquanto a inflação do país fechou em 4,83%. Entre os produtos que mais aumentaram o valor estão a carne (20,8%) e o café moído (39,6%).
Durante o governo de Bolsonaro, com exceção de 2019, a inflação dos alimentos foi maior do que o IPCA referente. Com o início da pandemia, em 2020, a inflação dos alimentos foi de 14%, nos anos seguintes (2021 e 2022).
As críticas do ministro vêm ao meio da “guerra dos bonés”, que os políticos têm usado o adereço para compartilhar mensagens para o eleitorado. O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi até suas redes sociais comentar que para ele, boné serve para proteger a cabeça do sol, não para resolver os problemas do país.