Além de causar incômodo para os companheiros, o ronco também pode ser um inconveniente para o paciente. Apesar de não originar diretamente problemas nos dentes, noites mal dormidas, muitas vezes ligadas a distúrbios como apneia e hipopneia, podem desencadear o bruxismo.
Podendo ocasionar desgaste dental, retração gengival e dores musculares, o bruxismo, segundo a American Academy of Sleep Medicine, aumenta o risco de apneia obstrutiva.
A apneia e a hipopneia, caracterizadas pela parada total ou parcial da respiração durante o sono, podem resultar em cansaço, aumento do estresse e tensão muscular, incluindo na região da mandíbula.
“Os distúrbios do sono, como a apneia, levam a um sono superficial e a alterações nos níveis de cortisol, o que intensifica o bruxismo em muitos pacientes. Esse hábito afeta a saúde bucal ao longo do tempo, gerando desgaste nos dentes e problemas articulares”, afirma José Todescan Júnior, membro da International Federation of Esthetic Dentistry (IFED).
Ainda, a má qualidade do sono pode agravar outras condições bucais, afinal, a respiração bucal, comum em quem ronca, reduz a produção de saliva, favorecendo cáries e inflamações gengivais.
Quando o assunto é tratamento do ronco e da apneia, o foco é melhorar a passagem de ar. O uso de laser, por exemplo, é uma das opções disponíveis para tratar a flacidez do palato mole, reduzindo o ronco e facilitando a respiração.