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Rodrigo Pacheco diz que País não pode se desenvolver onerando o setor produtivo

Declaração foi dada em resposta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Pacheco disse aos presentes que não deve se candidatar na eleição de 2026
Pacheco disse aos presentes que não deve se candidatar na eleição de 2026. Foto: Divulgação

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou de “desnecessária” a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, em entrevista divulgada neste sábado (27), disse que o Congresso “também tem que respeitar” a lei de Responsabilidade Fiscal. Para Pacheco, o desenvolvimento do País não pode se basear na oneração do setor produtivo, preterindo-se com isso a busca da geração de oportunidades e riquezas que, de fato, permitiriam ao Brasil um crescimento sustentável e duradouro.

Segundo ele, a reclamação de Haddad é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso. Em nota divulgada à imprensa, Pacheco que afirma também que ter responsabilidade fiscal é “bem diferente” de exigir do Parlamento “adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”.

“Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil. Até porque o progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra”, disse Pacheco.

A declaração do ministro se deu no contexto da ação apresentada pelo governo no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia e o benefício concedido a prefeituras – agora suspensos por decisão do ministro Cristiano Zanin. Na nota divulgada neste sábado, Pacheco lista aprovações feitas pelo Congresso.

“Sob o prisma da despesa, não nos esqueçamos que teto de gastos, reforma da Previdência e modernização de marcos legislativos, como o do saneamento básico, são obras do Congresso. Sem contar a pauta de 2023 que cumprimos em favor de uma arrecadação recorde do estado brasileiro”, disse o presidente do Senado.

A decisão do governo de questionar no STF os benefícios fiscais aprovados pelo Congresso, que só neste ano têm impacto de cerca de R$ 25 bilhões, gerou reação negativa no Parlamento. Após Pacheco dizer ontem que o movimento do Executivo gerou “perplexidade”, o Senado apresentou, na noite desta sexta-feira (26), um recurso contra a decisão de Zanin. Em julgamento no plenário virtual da Corte, quatro ministros já acompanharam o relator no caso, mas houve um pedido de vista por parte do ministro Luiz Fux.