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Roda de conversa na Eleva reúne psicólogas para discutirem modelos parentais

Durante o encontro, também foi falado sobre os pais autoritários, que tendem a dar muitos limites e pouco afeto

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A expressão “pai é tudo igual, só muda o endereço” pode estar equivocada. Apesar de podermos ver muitos aspectos comuns na forma como os genitores educam os filhos, existem outros que os diferenciam.  Os modelos parentais — conjunto de atitudes e estratégias adotadas a partir de um determinado contexto emocional, são um dos fatores mais importantes na forma como os cuidadores se relacionam com as crianças.

 

Com consequência da importância do tema, uma roda de conversa foi realizada na escola Eleva Brasília, com a psicóloga da escola Ana Carolina Palmeirão, uma mãe de um aluno da Eleva, Natália Vaz, e a psicóloga Marina Costa Oliveira. Pais de outras escolas também puderam se inscrever.

 

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Natália Vaz, Marina Costa Oliveira e Ana Carolina Palmeirão

 

Durante o encontro, Marina explicou que a personalidade é formada por três fatores: o cultural, o DNA e o modelo parental, que interfere muito no comportamento da criança até a sua vida adulta. 

 

“Hoje em dia, a tendência dos pais (permissivos) é dar tudo que o eles não tiveram e superproteger os filhos, impedindo que eles entrem em contato com os desafios que são inerentes à vida. Essa interferência gera uma baixa tolerância à frustração, porque a criança possui o hábito de sempre ter o que deseja e, quando isso não acontece, se torna uma situação de conflito”, explica a psicóloga, analista do comportamento infantil.

 

A profissional falou, ainda, sobre os pais autoritários, que tendem a dar muitos limites e pouco afeto e que essa estratégia equivocada pode até gerar filhos comprometidos com trabalho, esforço, regras rígidas, mas altamente doentes. 

 

Natália, superintendente do Park Shopping e mãe do Gabriel, aluno Eleva, contou que a conduta da sua mãe nunca foi negligente, sempre foi amorosa, mas também muito rigorosa e que hoje ela luta para não repetir um padrão que ela viveu, bem como para não ser permissiva, até pelo fato de ser mãe de filho único. “Temos que almejar a busca pelo equilíbrio sempre”, exemplificou.

 

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Foto: Cortesia

 

Já para Carolina, é fundamental compreender a forma com a qual se estabelece as relações com os filhos, uma vez que essa régua tem grande impacto sobre o seu comportamento hoje e lá na vida adulta, interfere nas suas relações e nas questões emocionais. 

 

“Estilos parentais não precisam durar para sempre, se há o desejo de desenvolver relações mais saudáveis e bem estruturadas, é possível mudar para que seu filho tenha maiores chances de desenvolver uma vida adulta com melhores habilidades emocionais e de interação social”, argumentou.

 

Para finalizar, Isabela Sá, diretora da Eleva Brasília, o tema trouxe muita luz na busca por construir um relacionamento sólido entre pais e filhos. “Vamos aprender juntos! Para sempre continuarmos a educar crianças felizes, seguras, empáticas e autônomas”.