O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tomou posse para o segundo mandato nesta quarta-feira (1º) em cerimônia na Câmara Municipal. Durante o discurso, Nunes reeditou falas de seu antecessor, Bruno Covas (PSDB), e agradeceu ao apoio político do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em seu pronunciamento de cerca de 30 minutos, Nunes relembrou a fala de Covas na mesma ocasião, há quatro anos. “Há exatamente quatro anos, exatamente desta mesma tribuna, daqui São Paulo ouviu: não há tempo para personalismos e arrogâncias. São Paulo é maior e mais importante do que qualquer um de nós. A ideologia nunca pode ser mais importante do que o dia a dia”, disse o prefeito.
Nunes, que assumiu o cargo em 2021 após a morte de Covas, homenageou o ex-prefeito ao mencioná-lo como “um símbolo do que a vida pública pode ter de melhor”. Ele também destacou o impacto emocional do período. “Confesso que assumir a prefeitura naquelas circunstâncias, perdendo um amigo e um exemplo, foi um momento de dor e de tristeza”, afirmou.
O prefeito agradeceu o governador Tarcísio de Freitas, a quem chamou de “grande amigo”, pelo apoio durante sua campanha e pela parceria administrativa.
Em seu discurso, Nunes também fez uma menção breve ao ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando sua indicação do coronel Mello Araújo (PL) como vice-prefeito. Ele também mencionou o ex-presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), com quem teve momentos de parceria e embates políticos.
Nunes inicia o segundo mandato com uma equipe que reflete mudanças na base de apoio. Ele incorporou representantes mais conservadores, alinhados ao perfil político de Tarcísio de Freitas, e manteve nomes associados ao centro político, em memória de Bruno Covas.
O prefeito também destacou a necessidade de diálogo. “Sou um agente da moderação”, afirmou, em referência ao período eleitoral, marcado por disputas acirradas.